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Quinta de S. Sebastião

Texto José Silva

A região de Arruda dos Vinhos sempre foi conhecida pela sua produção vinícola, com os vinhedos espalhados pela orografia ligeiramente montanhosa, vizinha de outras pequenas regiões também com muitas vinhas como Sobral de Monte Agraço e Bucelas.

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Orografia Ligeiramente Montanhosa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Nos últimos anos a produção evoluiu no sentido duma maior qualidade e foram aparecendo novos produtores, e alguns dos que apenas produziam uvas e as vendiam, passaram a produzir os seus próprios vinhos.

Mas outros sempre produziram vinhos de qualidade e mais não fizeram do que modernizar as vinhas e adquirir novos equipamentos que permitem um maior controle quer da produção das uvas quer depois, na adega, o controle da evolução dos vinhos quer em cubas e barricas, quer em garrafa. É o que acontece na Quinta de S. Sebastião, mesmo em Arruda, hoje um produtor moderno, com vinhos muito interessantes, entre brancos e tintos.

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Picadeiro – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Armazém – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Mantendo também a tradição familiar, uma casa antiga muito bonita, um picadeiro onde se treina os cavalos da casa, utilizados para passeios pela região e uma sala onde se preservam algumas colecções e de vinhos antigos, um pouco da história vitícola da casa, para raras viagens a outros tempos, outros costumes.

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Vinhas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Quinta S. Sebastião – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mais atrás, os vinhedos que sobem encosta acima, hoje com a companhia quixotesca dos também modernos moinhos de produção de energia, que moldam a paisagem e identificam a modernidade.

E foi neste ambiente descontraído que nos sentamos numa simpática sala de provas, para apreciar os vinhos modernos desta casa, tranquilamente.

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Quinta de S. Sebastião Branco 2013 © Blend All About Wine, Lda.

Começamos pelo Quinta de S. Sebastião Branco 2013. Apresentou uma cor amarela pálida cristalina e um nariz elegante e misterioso, fresco, ligeiramente seco. Na boca é intenso, tem bom volume, apresentando notas minerais muito frescas, muito boa acidez, um vinho equilibrado com belo final.

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Quinta de S. Sebastião Branco Cercial 2012 © Blend All About Wine, Lda.

Seguiu-se o Quinta de S. Sebastião branco cercial de 2012, com uma cor amarela média, cristalino. No nariz é seco e fresco, com notas ligeiras de mel, intenso, algo exótico. Na boca é ainda bastante fresco, com acidez intensa a dar-lhe equilíbrio, notas de fruta branca e algum citrino. Madeira muito bem integrada, a dar-lhe elegância e um final longo, num vinho branco gastronómico.

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Quinta de S. Sebastião Colheita 2012 © Blend All About Wine, Lda.

Passamos então aos tintos com o Quinta de S. Sebastião colheita 2012, que apresentou uma cor vermelha granada, muito escuro e fechado, muito suave e elegante no nariz, com boas notas de frutos vermelhos, algum fumo e especiarias. Na boca tem muito boa acidez, bem presente, é seco, profundo, com apontamentos de frutos pretos muito elegantes, ligeiras notas de chocolate preto e um final médio mas persistente.

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Quinta de S. Sebastião Reserva 2012 © Blend All About Wine, Lda.

Seguiu-se então o Quinta de S. Sebastião Reserva 2012, com uma cor granada escura, opaco, intenso. Austero e elegantemente sóbrio no nariz, com apontamentos de chocolate e frutos pretos. Na boca apresenta uma excelente acidez, tem volume, tem frescura, tem profundidade, tem uma permanente descoberta de paladares, com taninos poderosos mas ao mesmo tempo muito elegantes, altivos, um final muito longo num belo vinho.

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Quinta de S. Sebastião Touriga Nacional 2012 © Blend All About Wine, Lda.

Finalmente apresentou-se em prova o Quinta de S. Sebastião Touriga Nacional 2012, um monovarietal muito interessante, a provar que esta casta eclética te, m grande poder de adaptação a outros terrenos e climas, dando muito boa conta de si. Duma cor vermelha violácea, intenso, opaco, tem belo floral no nariz, fino e elegante, com algumas notas de chocolate e um ligeiro apimentado.

Na boca apresenta-se redondo, tem óptimo volume e grande acidez, com os taninos bem presentes, ainda por domar, notas de frutos pretos bem maduros, até mesmo algum chocolate e chá preto, um vinho irrequieto que terminou com grande final.

Uma boa surpresa a consistência destes vinhos, num produtor que promete manter esta qualidade, tendo potencial para ir ainda mais além.
Em Arruda dos Vinhos…

Contactos
Quinta de São Sebastião
Rua de S. Sebastião, nº 9
2630-180 Arruda dos Vinhos
Tel: (+351) 263 978 549
Telemóvel: (+3351)914 222 465
Email: geral@quintassebastiao.com
Site: www.quintassebastiao.com

Restaurante de Castro Flores

Texto José Silva

A cidade de Lisboa continua a evoluir e a chamar cada vez mais turistas de cada vez mais países, e está classificada como um dos destinos mais interessantes do mundo.

Com imensos motivos de interesse para uma visita, desde a beleza arquitectónica, à área cultural e à riqueza do património histórico, Lisboa tem vida muito própria e, sendo uma cidade muito moderna, mantém as tradições que a tornaram famosa, sobretudo o ar castiço dos seus bairros antigos, onde ainda se comem petiscos e se canta o fado.

E uma das grandes tradições de qualidade em Lisboa são os seus restaurantes, muitos deles a servir boa comida há décadas, e muitos outros mais modernos, que foram aparecendo e se foram desenvolvendo, um pouco por toda a cidade. Mas é no centro de Lisboa que têm aparecido ao longo dos últimos anos muitos restaurantes de qualidade, alguns deles a cargo de chefes bem conhecidos, que ali podem dar largas aos seus conhecimentos e à sua arte.

Um desses chefes, que deixou a sua cidade natal, o Porto, para rumar a Lisboa, onde tem desenvolvido vários projectos, é Miguel Castro e Silva, bem conhecido e respeitado, um criador e pesquisador com muito trabalho feito.

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Restaurante de Castro – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Recentemente abriu mais um espaço, bem no centro de Lisboa, na beleza da Praça das Flores, a que chamou “De Castro Flores”. Na visita que fizemos fomos recebidos num espaço muito bonito, moderno, bem decorado em tons claros, muito cozy, um restaurante familiar.

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Espaço Interior – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Cá fora, mesmo à noite, a espaçosa esplanada é muito procurada, ali está-se muito bem. A sala é ampla, com vários pequenos recantos, ao meio um simpático balcão, algumas mesas com bancos corridos encostados à parede, mas muito confortáveis. As mesas são bem postas, num misto de simplicidade e requinte, com bons apetrechos e serviço de copos muito bom.

O serviço está a cargo de gente bastante jovem muito bem dirigida, mas duma enorme eficiência, com simpatia e muita atenção, que nos guiam pela refeição com segurança, um exemplo de profissionalismo a ser seguido.

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Ervilhas com Enchidos e Ovo Escalfado – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

A ementa, como já é habitual no trabalho do chefe Miguel Castro e Silva, tem uma enorme componente de petiscos, alguns dos quais vão alterando, mas muitos deles com grande tradição no seu trabalho, como é o caso das ervilhas com enchidos e ovo escalfado, pasteis de massa tenra, morcela da Beira com maçã e cebola ou as deliciosas amêijoas com feijão manteiga.

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Bacalhau Fumado – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Peixinhos da Horta – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 

 

 

 

 

 

 

Na refeição que fizemos deliciamo-nos com bacalhau fumado com vinagreta de tomate seco e amêndoa, seguido pelos também tradicionais peixinhos da horta com maionese e limão.

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Ovos Rotos com Trompetas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Cachaço de Bacalhau – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Depois vieram ovos rotos com trompetas, cremosos e muito apaladados, umas curiosas iscas do cachaço de bacalhau, fofinhas e saborosas e umas deliciosas ervilhas com enchidos e ovo escalfado, servidas no tachinho, bem quentes.

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Pernil de Borrego com Ensopado de Grão e Cogumelos do Campo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Para prato principal, pois também ali há belos pratos, muito completos, saboreamos um soberbo pernil de borrego com ensopado de grão e cogumelos do campo, um prato para corajosos, equilibrado, carne macia e saborosa, os cogumelos a fazer a ligação perfeita.

Já ninguém conseguiu ir à sobremesa, mas ainda se bebeu mais um copo de alguns vinhos que levamos e de um dos vinhos do Miguel Castro e Silva, o lote branco Ribeiro Santo, do Dão.

A noite em Lisboa só então começava…

Contactos
Restaurante De Castro
Praça das Flores
Rua Marcos Portugal, 1
1200-265 Lisboa
Tel: (+351) 215  903 077
Email: geral@decastroelias.com
Site:  decastro.pt

Restaurante Sea Me

Texto José Silva

O centro da cidade de Lisboa fervilha de vida e os restaurantes e bares não param de abrir ou reabrir, depois de recuperações ou de mudarem de mãos, dando resposta a uma clientela variada e heterogénea, onde o peso dos estrangeiros é cada vez maior.

Portugal está na moda e Lisboa, a capital, lidera a procura de gente que vem de todo o mundo, durante todo o ano, apreciar o que temos de bom e que, felizmente, ainda é muito. E uma das nossas grandes riquezas é a cozinha, com um vasto receituário de norte a sul e uma diversidade fantástica para um país tão pequeno. Temos produtos de grande qualidade, hoje reconhecidos internacionalmente e cada vez mais procurados.

Um desses produtos é o peixe da nossa costa, servido um pouco por todo o país, em restaurantes de várias categorias. E um desses restaurantes, mesmo no centro de Lisboa, serve peixe fresquíssimo, sempre da lota de Peniche, a par de vários tipos de marisco.

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Todo o Tipo de Marisco – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

É na rua do Loreto, muito perto do Largo de Camões, e era uma das muitas sapatarias que por ali abundavam e que foi inteligentemente transformada num restaurante onde quase só se serve peixe fresco e marisco: o restaurante “Sea Me, Peixaria Moderna”.

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Peixe Fresco – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ali há imaginação, bom gosto, produtos de primeira qualidade, confecção moderna a realçar a frescura das matérias-primas e há boa disposição e humor à mistura. Mas comecemos por descrever o espaço, que é sobre o comprido, com uma pequena montra à entrada, por onde vão passando vários produtos, que podem ser uma marca de cerveja ou de vinho ou umas apetecíveis ostras frescas, a convidarem para ser comidas de imediato.

Logo a seguir, do lado esquerdo, um amplo balcão, onde também se pode comer uma refeição mais rápida ou estar por ali a petiscar e bebericar, sem tempo, pela noite dentro. Um pequeno degrau separa este espaço da sala principal, um pouco mais larga, decorada com simplicidade, tendo ao fundo um enorme balcão em ele, que mostra, por detrás, a enorme cozinha, com tudo à vista, tendo mesmo ao fundo, debruçado sobre a sala, um enorme escaparate com marisco e peixe fresco, devidamente identificados, e que podemos escolher, se assim o entendermos.

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Peixe Fresco – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Marisco – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E com tanto peixe fresquíssimo todos os dias, ali também se pode comer um sushi óptimo.

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Sushi – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Mas teremos sempre a ajuda de quem sabe e que nos pode guiar para que possamos ter uma excelente refeição. As mesas de madeira são postas dum forma muito simples e o serviço está a cargo de pessoal jovem e competente, simpático e atento e que nos vai explicando devidamente cada prato que vai chegando à mesa. O serviço de vinho é impecável, quer nos copos, quer na temperatura e o restaurante está sempre cheio, quer ao almoço, quer ao jantar.

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O Restaurante – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Nesta visita veio pão e uma variedade de petiscos saborosos e alguns menos vulgares.

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Sushi de Sardinha com Pimento Assado – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Vieiras Coroadas com Tártaro de Manga – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Vieiras coradas com tártaro de manga e flor de sal, muito saborosas, no ponto, algumas peças de sushi preparado com aquele peixe fresquíssimo, como a de sardinha com pimento assado.

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Salada de Bacalhau com Grão – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Chocos Fritos em Tempura Preta – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Salada de bacalhau com grão, choco frito em tempura preta e folha de shisô, uma desconcertante salada japonesa de robalo e algas, molho de citrinos e abacate.

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Salada de Robalo e Algas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Finalmente uma travessa de peixes mistos grelhados, com lulas enormes e robalo, também com lulas à Bulhão Pato, tudo na companhia de batatas cozidas com pele e legumes variados cozidos, e uma porção generosa de azeite para regar tudo.

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Peixes Mistos Grelhados – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Terminamos com leite creme queimado da maneira tradicional.

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Creme Queimado – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Beberam-se alguns vinhos que o grupo levou, entre brancos e tintos que tinham sido colocados nas temperaturas correctas, para nosso prazer…
No centro de Lisboa, o peixe fresco à nossa mesa.

Contactos
Sea Me Restaurant
Rua do Loreto 21
1200-049 Lisboa
Tel.: (+351) 213 461 564/565
Fax: (+351) 213 461 566
E-mail: geral@peixariamoderna.com
Site: www.peixariamoderna.com

Restaurante Nortada

Texto José Silva

As vinhas tradicionais de Colares resistem no seu chão de areia, com os caules retorcidos rente ao solo, para se protegerem do vento forte que sopra normalmente vindo do mar, ali bem perto, e que há-de trazer às suas uvas e aos vinhos que delas hão-de nascer alguma salinidade que esse vento transporta na sua humidade.

Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Para as proteger ainda mais, os viticultores montaram as paliçadas de canas que tornaram estes vinhedos tão típicos.
Essa nortada que varre a costa de Colares durante quase todo o ano deu nome a um restaurante que se situa precisamente em cima duma das praias mais emblemáticas da região, a Praia Grande, que dista apenas poucas centenas de metros de algumas destas vinhas.

É uma praia ampla, com algumas falésias e um areal extenso castigado por aquele mar batido, forte, de ondas por vezes perfeitas, que fazem as delícias dos muitos praticantes de desportos radicais de mar. E é também daquele mar que vem o peixe e marisco que é servido no restaurante “Nortada”, da praia Grande.

Cá em cima na falésia, tem uma localização perfeita, com uma vista soberba para a praia e aquele mar imenso.

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Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

A sala é dividida em vários recantos e tem enormes janelas envidraçadas que deixam entrar a luz e apreciar aquela paisagem. No meio, um escaparate exibe peixes e marisco frescos que podemos escolher para a nossa refeição.

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Esplanada – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E tem uma esplanada virada a sul, protegida do vento dominante, muito procurada, onde se está muito bem.

As mesas são muito bem postas, com bom gosto e o serviço é profissional, atento e atencioso, bem dirigido.

Ali o marisco e o peixe são reis, vindo à mesa em preparações diversas, desde as mais simples, em que o peixe é simplesmente grelhado, só com sal e o marisco é cozido, dando toda a sua riqueza, a pratos mais elaborados, como crepes de lavagante, empada de robalo, risotto de camarão, spaghetti com amêijoas ou arroz de cherne com camarão.

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Manteiga, Queijo e Azeitoans – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Na refeição que apreciamos veio para a mesa pão saboroso, dois tipos de manteiga, azeitonas e queijinho fatiado.

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Robalo à Sete Mares – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E veio o robalo à Sete Mares, em que o robalo de mar, fresquíssimo, é preparado em molho de camarão e manteiga, com camarão grande e uns legumes salteados saborosos, num conjunto bem conseguido, na companhia de arroz de alho e coentros muito bom.

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Arroz de Alho e Coentros – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

A refeição ficou completa com um delicioso bolo de bolacha e café.

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Bolo de Bolacha e Café – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Beberam-se alguns vinhos que levamos, onde havia até um ramisco de Colares.
Não fosse termos que continuar o trabalho, certamente ficaríamos por ali durante a tarde, na companhia daquela paisagem fantástica…

Contactos
Restaurante Nortada
Avenida Alfredo Coelho 8 – Praia Grande
Sintra
2705-329 COLARES
Tel: (+351) 21 929 15 16
Email: geral@restauranteNortada.com
Site: www.restaurantenortada.com

Douro Wine Fest e Tasca da Quinta

Texto José Silva

Foi um fim-de-semana de verão muito chuvoso, entre os dias 18 e 21 de Setembro, aliás como todo este verão de 2014 e as vindimas já tinham começado, lentamente, com muito cuidado.

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O Primeiro “Douro Wine Fest” – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Aconteceu então o primeiro “Douro Wine Fest”, numa organização da empresa Offe, apoiada pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal e a Câmara municipal da Régua e do Museu do Douro.

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Apoiado pelo Turismo do Porto e Norte – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Uma instalação de grande qualidade foi cuidadosamente montada na marginal da cidade da Régua, mesmo junto à marina, num cenário que não podia ser mais bonito, dominado pelo rio Douro.

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Douro Wine Fest – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Douro Wine Fest – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Apesar do tempo, os produtores aderiram em massa e esgotaram os espaços disponíveis e o público apareceu em força evitando os aguaceiros que caíam de vez em quando.

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Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 

 

 

 

 

 

 

Sábado não choveu e a temperatura era mesmo de verão e foram milhares de visitantes a invadir o recinto.

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Douro Wine Fest – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Onde, para além dos produtores de vinho, havia várias lojas de produtos gastronómicos da região e dois restaurantes da Régua a servir petisco diversos.

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Sala de Prova – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Prova de Vinhos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Numa sala própria decorreram muitas provas de vinhos e de alguns produtos e por ali passaram produtores e enólogos do Douro, a mostrar e partilhar as suas experiências e os seus vinhos. E houve muita música e alguns espectáculos que foram até de madrugada. No final o balanço foi bastante positivo e muito melhor teria sido se não fosse a chuva, o que deu boas indicações para o próximo ano, com mais um Douro Wine Fest.

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Douro Wine Fest – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Mas a Régua está a mexer, o que se verificou pele quantidade de visitantes do evento, e têm aparecido novos espaços, entre wine bars e restaurantes.

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“Tasca da Quinta”, uma Tasca à moda antiga – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Um dos mais recentes é uma tasca à maneira antiga, resultante da recuperação dum espaço rústico muito bonito, cuja traça se manteve. Como se mantiveram o xisto e a madeira que já existiam, tendo-se recuperado o espaço com a modernidade necessária para poder servir bons petisco num ambiente confortável. Os proprietários chamaram-lhe “Tasca da Quinta”, que também têm uma pequena produção vinícola, do outro lado do rio.

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“Tasca da Quinta” – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

A sala é ampla, com soalho de xisto, cores vivas, grossas traves de madeira no tecto, um enorme balcão, que deixa ver a cozinha moderna por detrás.

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Staff “Tasca da Quinta” – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Onde duas mulheres apaixonadas pelo que fazem, tratam produtos muito bons de maneira tradicional, para nosso consolo. Serve-se pão regional e broa de milho para acompanhar óptimo presunto, sardinhas de escabeche e codorniz de escabeche, e algumas tapas tendo como base o pão e a broa: tapa de bacalhau com pimento vermelho e tapa de moira deliciosas. Também muitíssimo boas as costelinhas de porco em vinha d´alho e as açordas, de que se destaca a açorda de cogumelos, soberba.

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Costelinhas de Porco – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Açorda de Cogumelos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 

 

 

 

 

 

Entre outras possibilidades fecha-se a refeição com uma saborosa e cremosa tarte de maçã.

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Tarte de Maça Cremosa – Photo by José Silva | All Rights Reserved

Há várias mesas ocupadas por estrangeiros que se deliciam com os petiscos bem portugueses…e com o vinho do Douro. Bebe-se mais um copo e continua-se a conversa sobre o Douro e o seu desenvolvimento. E deseja-se uma vindima com o mínimo de estragos possível, apesar da chuva que não se vai embora…

Contactos
Rua de Santa Luzia, 175
4250-417 Porto
Tel: (+351) 228 329 017
Fax: (+351) 228 329 017
Telemóvel: (+351) 964 137 029
Email: pwf@offe.pt
Site: www.portowinefest.com

Vinhos da Quinta do Fojo

Texto José Silva

Num ambiente rural, em pleno vale do rio Pinhão, com vinhas por todo o lado, fez-se uma prova vertical dos vinhos da Quinta do Fojo. O acesso à quinta é difícil e o troço final fez-se a pé, apreciando melhor a beleza da propriedade e da casa rural. A casa foi construída para os proprietários acompanharem as vindimas, muito bem inserida na paisagem, com pormenores muito interessantes, que têm sido mantidos e preservados.

O arvoredo envolvente faz a ligação natural com as vinhas que circundam a casa, com um enorme terreiro de permeio, para usufruir refeições de verão, como foi o caso, ou para apreciar um copo de vinho ao final da tarde na contemplação do pôr do sol duriense.

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Quinta do Fojo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Depois do ligeiro passeio, tomamos assento à mesa para a primeira prova vertical dos vinhos da Quinta do Fojo. E desfilaram pelos nossos copos as colheitas até agora existentes:

Vinha do Fojo 1996
Num ano de grande produção, apareceram vinhos muito interessantes, como este. Granada claro muito limpo, nariz elegante e requintado, cheio de perfume, bela acidez, ainda alguns frutos vermelhos, seco, refinado.

Fojo 1996
embora do mesmo ano tem uma atitude diferente, cor granada com laivos acastanhados, mais fechado, embora elegante e perfumado. Cheio, com bela estrutura, volumoso, óptimos taninos, muita fruta vermelha madura, longo, muito bom.

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Vinhos Provados – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Fojo 1998
num ano diferente, um vinho diferente. Granada claro, elegante, nariz fantástico, requintado, mesmo perfumado e com algumas especiarias, fascinante. Envolvente e com acidez vibrante, taninos saborosos e belos frutos vermelhos, ligeiramente seco. Final imenso…

Fojo 1999
num ano difícil, um vinho muito interessante. Granada com laivos acastanhados, nariz elegante embora algo fechado, mas cheio de requinte, com notas ligeiramente mentoladas. Acidez equilibrada, ligeiramente seco, taninos persistentes, complexo, carnudo, com final longo.

Fojo 2000
em ano de muito bons vinhos, é vermelho granada intenso, nariz ainda fechado, profundo, requintado, muito elegante. Redondo mas seco, taninos poderosos a dar-lhe estrutura, frutos vermelhos ainda cheios de frescura, excelente acidez, um vinho cheio de juventude, para durar mais uns anos.

Fojo 2001
o primeiro ano do milenium revela belos vinhos como este. Granada médio, elegante, nariz intenso, cheio, com muita fruta vermelha. Elegante e com bela estrutura na boca, taninos seguros, acidez fantástica, ainda muitos frutos vermelhos, carnudo, com grande final.

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Casa da Quinta do Fojo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O almoço que entretanto foi servido, teve a companhia de todos os seis vinhos em prova, o que permitiu fazer várias combinações e perceber a prestação de cada um, agora com companhia. Os vinhos são muito gastronómicos, estão cheios de saúde, ainda vão evoluir por muitos anos. Seguros, com perfil evidente, as diferenças apenas influenciadas pelos diferentes anos, e preparados com as uvas das vinhas velhas do Fojo, são belos investimentos como vinhos de guarda, e, felizmente, ainda estão disponíveis todas as colheitas.

O Douro em toda a sua plenitude.

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Margarida Serôdio Borges – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Rita Marques – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Desde o início do projecto destes vinhos da Quinta do Fojo, o acompanhamento foi liderado pelo enólogo e amigo da casa, David Baverstock. Apenas na colheita de 2001 já não acompanhou a elaboração do vinho.

Houve entretanto uma paragem na produção destes vinhos, por opção dos proprietários, mas adivinha-se o regresso para breve, agora com a colaboração da jovem enóloga Rita Marques, uma confessa fã dos vinhos do Fojo. Juntamente com a proprietária, Margarida Serôdio Borges. É uma nova dupla de mulheres a dar cartas na produção de vinhos do Douro de excelência.

As vinhas velhas lá vão continuar a dar uvas fantásticas para os vinhos do Fojo…

Por Terras de Baião

Texto José Silva

Inserida na região demarcada dos vinhos verdes, Baião é uma vila serrana, no cimo da serra da Aboboreira, onde a gastronomia tem ainda grande tradição, a par da excelência de muitos vinhos, entre brancos, rosados e alguns tintos. Em recente visita à região, o nosso poiso foi a beleza natural da Quinta da Covela, respirando aquele ar puro, com muito sossego e vinhos deliciosos.

A quinta está muito bonita, agora com as vinhas cheias de uvas e os laranjais e limoeiros carregados de frutos, apesar de ser já verão adiantado, com laranjas doces e saborosas e limões sumarentos e aromáticos.

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Laranjeiras – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ao lado da quinta, um bosque frondoso é protecção natural para uma produção em modo biológico com óptimos resultados. Passear pela quinta é fascinante e ao mesmo tempo retemperante, com todo aquele sossego à nossa disposição e uma grande diversidade de plantas, a começar nas vinhas e nos laranjais, mas também um enorme cerejal, vários outros tipos de árvores de fruta e muitas outras plantas e árvores frondosas que constituem uma moldura natural para a beleza da quinta.

A casa principal, em rude granito envolvida por trepadeiras e outros arbustos que lhe dão um ar confortável e acolhedor, está muito bem situada e tem duas esplanadas espaçosas, com exposições diferentes, utilizadas para apreciar muitas das refeições que ali se servem ao logo do ano. Em frente à casa, uma pequena adega, onde estagiam grande parte dos vinhos que ali se produzem.

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Casa Principal – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Mais abaixo, uma simpática piscina sabe bem para nos refrescarmos nos dias de calor intenso durante o verão.

Os vinhos da Covela têm vindo a afirmar-se não só na região mas em todo o país, até porque são vinhos muito gastronómicos, a fazer óptimas ligações com vários tipos de comida portuguesa, e mesmo com comidas de outras terras, de que se destacam as comidas chinesa, japonesa, tailandesa e indiana. São vinhos com boa estrutura, muito frescos e com belíssima acidez, a que se juntam aromas florais, em alguns casos, e frutados, noutros, em conjuntos cheios de elegância e harmonia.

O Covela Edição Nacional Arinto 2013 é uma boa novidade. Um vinho muito fresco, cheio de mineralidade na boca, seco, com óptima acidez, jovem e elegante. O Covela Edição Nacional Avesso 2013 continua em grande nível, num ano de grandes vinhos brancos, com notas citrinas intensas, ligeiramente mineral, acidez equilibrada mas bem presente, muito elegante.

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Quinta da Covela – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O Covela Rosé é impressionante, ao mesmo tempo elegante e complexo, com notas de frutos vermelhos e algumas fragrâncias florais, óptima acidez e ligeira mineralidade, um vinho gastronómico com grande final de boca.

Finalmente o Covela Escolha, um branco cheio de corpo e estrutura, elegante e suavemente floral, óptima acidez, alguma fruta de polpa branca, ligeiramente mineral, com grande final de boca. Um vinho para durar muitos anos.

[Veja o nosso artigo anterior sobre a Quinta da Covela.]

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Mesas Restaurante Tormes – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

À noite, a opção foi jantar ali bem perto, num espaço novo inserido num ambiente tradicional cheio de história: o novo Restaurante “Tormes”, no complexo da Fundação Eça de Queiróz, propriedade que pertenceu ao célebre escritor português e onde repousa muito do seu espólio. Pois ali funciona agora um simpático restaurante, aproveitando instalações com belas paredes em granito e tecto de madeira. Existe uma sala de maiores dimensões para serviços, muito bem apetrechada. No restaurante as mesas são muito bem-postas e até há um belo piano que pertenceu ao escritor.

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Melão com Presunto – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ele fez inúmeras referências nos seus romances a muitos pratos que apreciava, ou que, pelo menos, os seus personagens apreciavam. E neste restaurante, que tem um óptimo serviço de mesa, a ementa tenta reproduzir muitas das receitas que Eça relatava nos seus livros. Vem à mesa pão, broa de milho e melão com presunto como primeira entrada. Não faltam os peixinhos da horta, uns deliciosos cogumelos salteados, carnudos e saborosos e umas fantásticas febrinhas de porco de vinha d’alho.

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Lulas Fricassé – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Como primeiro prato apreciou-se as lulas de fricassé, neste caso acompanhadas com batatas salteadas com a casca e sobre tosta de pão regional com alho, azeite, sal e uma salada verde. Depois veio a perdiz à convento de Alcântara, um clássico queirosiano, bem corada, com muita cenoura e batatinha aloirada, deliciosa. Terminou-se com uma sobremesa mista com ananás, trouxas-de-ovos e leite-creme. Puxado!

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Regional Minho Wine 2013 – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Durante o repasto apreciaram-se dois vinhos brancos da própria Fundação, primeiro um Vinho Regional Minho Colheita 2013, simples mas agradável, fresco, com óptima acidez e alguma fruta no nariz; depois um verde Tormes Escolha, muito bem apresentado, mais encorpado, ainda com bastante frescura e boa acidez, seco, complexo, um vinho elegante. Ambos acompanharam muito bem a refeição, num “cheek to cheek” bem interessante.

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Tormes Escolha – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

De regresso à Covela, para a última noite na companhia daquele silêncio penetrante que faz bem ao corpo, relembramos Eça de Queiróz e compreendemos porque ele tanto apreciava esta região, quando, em carta dirigida a sua mulher, aquando da sua primeira visita a Tormes, em Maio de 1892, dizia assim: “A quinta…é excelente…e tão fértil que quase não necessita de adubos…É toda em socalcos…O monte desce até ao Douro…O que sobe e o que desce é tudo admirável de vegetação, de verdura, de águas, de sombras, de belas vistas…”
Até um dia destes, Baião…

Contactos
Quinta de Covela
William Smith & Lima Lda.
S. Tomé de Covelas
4640-211 BAIÃO
Tel: (+351) 254 886 298
E-Mail: info@covela.pt
Site: www.covela.pt

Fundação Eça de Queiróz
Restaurante Tormes
Caminho de Jacinto, 3110
Quinta de Tormes – Baião
4640-424 Santa Cruz do Douro
Tel: (+351) 254 882 120
Fax: (+351) 254 885 205
E-mail: info@feq.pt
Site: www.feq.pt

“Taste in Adegas”, Os Vinhos do Pico

Texto José Silva

É uma ilha encantadora, uma das nove ilhas que constituem o arquipélago dos Açores. De origem vulcânica, por todo o lado se vêm aquelas pedras castanhas e cinzentas, a revelar a sua origem nas erupções que ali aconteceram há muitas centenas de milhares de anos. Essas pedras são usadas para muitos fins, incluindo a construção de casas, e para aqueles muros baixinhos que moldam uma grande parte da paisagem da ilha. E que se destinam a cultivar a figueira e a vinha. Assim, os pequenos muretes protegem as plantas do vento forte e por vezes salgado e concentram o calor durante o dia, o que à noite mantém uma temperatura constante nas plantas.

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Muretes © Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Estas formações, únicas e de grande beleza paisagística, fruto do trabalho humano, chamadas currais ou curraletas, foram, em 2004, classificadas património da humanidade. E são, a par da observação das baleias, dos vinhos do Pico e da excelente comida local, um conjunto de atractivos que cada vez levam mais gente à ilha. E que tem ainda como cabeça de cartaz o imponente monte do Pico, um antigo vulcão com 2.350 metros de altitude, a serra mais alta de Portugal.

Os vinhos do Pico, esses, estão cada vez melhor, hoje recorrendo também a modernas tecnologias e a melhor trabalho nas vinhas, mas mantendo a sua grande tipicidade, utilizando as várias castas da região. Sobretudo os brancos, cheios de frescura e mineralidade a par duma acidez notável, mas também alguns tintos que já se revelam bem interessantes. E os licorosos, com grande tradição no Pico, hoje mais polidos e modernos, muito bons.

Mas no Pico há uma grande tradição, que agora também se abre ao público em geral e aos turistas em particular, que é a visita às pequenas adegas. Ali, os proprietários têm por costume receber amigos e convidados para provar os vinhos e apreciar petiscos tradicionais, sobretudo o saboroso caldo de peixe, que é na realidade uma caldeirada de peixe, mas sem batata, que é servida cozida, à parte. Alguns tipos de peixe são cozidos com vários temperos, parte do caldo vai ensopar fatias grossa de pão e, à parte, são servidas batatas cozidas e o molho de vilão tradicional.

Depois, em pequenas tigelinhas, é servido o caldo de peixe, bem quente. Na sobremesa aprecia-se queijo da ilha e rosquilha, um tipo de regueifa mas levemente adocicada, ainda na companhia do caldo.

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Molho de Vilão © Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Hoje, muitos desses produtores recebem nas suas pequenas adegas os visitantes, por um preço adequado, mostrando a beleza das construções, a maior parte das quais ainda sem electricidade. E dão a provar os seus vinhos e os seus petiscos. Uma vez por ano, com o apoio do governo regional, tem lugar o “Taste in Adegas”, organizado pela Adeliaçor, em parceria com a Escola de Formação Turística e Hoteleira de S. Miguel, cujo objectivo é esse mesmo, mostrar essas pequenas adegas e deixar que os turistas usufruam duma tradição que não se pode perder.

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“Taste in Adegas” © Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Os vinhos do Pico têm vindo a melhorar de ano para ano, apresentando vinhos brancos de grande nível, em que a frescura e a acidez se destacam, cheios de elegância mas com personalidade e características particulares de cada um. E mesmo marcas menos conhecidas como “Curraleta”, “Buraca” ou “Cancela do Porco” se revelaram magníficos e acima de tudo bastante gastronómicos, fazendo óptima companhia quer aos pratos mais tradicionais da ilha, como as lapas grelhadas, o polvo guisado, a excelência do atum grelhado, o caldo de peixe das adegas, o bife à portuguesa e a costeleta duma carne de vaca irrepreensivel e, claro, o ananás açoreano, único no mundo, mas também a pratos mais elaborados a partir de produtos regionais como um tártaro de veja e sopa de beterraba fria ou lírio em crosta pecan e ragout de cogumelos.

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Curraleta | Buraca | Cancela do Porco © Fotos de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Os licorosos do Pico, “Lajido” e “Csar”, continuam em grande nível, a que agora se junta um belíssimo “Curral Atlantis”, vinhos cheios de elegância, aromas cítricos suaves e bem integrados, notas de mel e aquela acidez vibrante que os torna apetecíveis e que liga muito bem com vários tipos de sobremesa e mesmo com a excelência do ananás açoreano.

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Lajido | Czar | Curral Atlantis © Fotos de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Foi uma visita em que descobrimos a nova realidade da ilha do Pico e dos Açores em geral, com um turismo moderno em busca de locais paradisíacos com paisagens arrebatadoras e um mar fabuloso e rico, num destino com grande qualidade ecológica graças a um belo trabalho de preservação do património e valores culturais. De que a produção de vinho é uma das partes mais importantes, reconhecida internacionalmente.
Para o ano lá esperamos voltar.

Contactos
Rua do Pasteleiro s/n
Angústias
9900-069 Horta
Tel: 292 200 360
Telemóvel: 913 397 808
Email: adeliacor@sapo.pt
Site: www.adeliacor.org

Uma Tarde em Camarate com Domingos Soares Franco

Texto José Silva

Domingos Soares Franco dispensa apresentações no mundo do vinho. Pertence à família proprietária da empresa José Maria da Fonseca , onde é também o responsável da enologia, mas é acima de tudo um apaixonado do vinho e um pesquisador, sempre insatisfeito, sempre a tentar fazer melhor e a tentar fazer coisas diferentes.

O seu trabalho é certamente uma das grandes razões do sucesso dum dos maiores produtores de vinho portugueses. Mas é também uma pessoa divertida que gosta de se relacionar com muita gente, e de apreciar as coisas boas da vida. Todos os anos, em Junho, Domingo Soares Franco convida um pequeno grupo de jornalistas que também são seus amigos para um almoço absolutamente informal na sua casa de Camarate, onde a primeira regra é que cada um leve uma garrafa de vinho, às quais Domingos Soares Franco junta meia dúzia de garrafas da casa.

A segunda regra é que não há regras: provam-se os vinhos (que entretanto foram colocados em várias champanheiras com gelo para estarem à temperatura adequada), trocam-se opiniões, fazem-se comparações, recordam-se outras provas, outros vinhos, outros estilos. Com todos os convidados já presentes, a que se juntaram a mulher e o filho de Domingos Soares Franco e o seu sobrinho António, sentamo-nos à mesa, para uma refeição simples mas completa.

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Vinhos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Antes já se tinham petiscado uns frutos secos, umas tostas, pão e um queijo de Azeitão, curado, seco, que a mulher de Domingos Soares Franco não queria que ele colocasse na mesa, tal era o mau aspecto!

Mas Domingos, conhecedor quer do produto quer do gosto dos seus convidados, nem hesitou em colocá-lo na mesa. E o queijo lá desapareceu num ápice! Já se tinham provado os espumantes Terras do Demo Malvasia Fina e Terras do Demo Touriga Nacional, o alvarinho Nostalgia de 2013 e o II Terroirs do mesmo ano, e um branco do Dão da Quinta dos Carvalhais, que estiveram muito bem, cheios de vivacidade e frescura, a desaparecerem rapidamente.

E veio a primeira surpresa de Domingos Soares Franco, uma comparação entre dois brancos da casa, com alguns anos de garrafa, que é assim que o enólogo os quer: o Pasmados Branco 2009 que está cheio de estrutura e complexidade, com uma bela acidez e a madeira muito bem integrada, que foi comparado com o seu “avô” Pasmados de…1963, uma coisa muito séria, evoluído, sedoso, seco, brilhante! A dar muito boas indicações para a possibilidade de envelhecimento destes vinhos.

Ainda passaram pela mesa o Casal Santa Maria Pinot Noir 2011, o Mapa 2010, o Casa da Pasarela O Enólogo 2010 e o Painel 2001, todos em muito boas condições, a dar-nos muito prazer a beber.

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Batuta 05 | Pasmados – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Voltando à mesa de almoço, foram servidos uns camarões grandes com maionese, alface e espargos, muito saborosos. E continuamos a nossa prova de vinhos, agora na companhia de óptima comida. Até havia um Ribeira del Duero 2003, um Mythos 2005 e um Batuta 2005, ainda em muito bom nível, com aquele toque dos tintos já com alguns anos e ainda a subir.

Aos camarões seguiu-se um prato com grande tradição na casa, uma sopa suculenta de ervilhas com chouriço e ovo escalfado, que fomos repetindo enquanto aguentamos, sempre na companhia daqueles vinhos fantásticos. Embora todos eles já tivessem sido provados nesta altura da refeição, voltaram aos copos os Romeira 1987, Bairrada Vinus Vitae 1987 e Quinta das Cerejeiras 1995, cheios de saúde, equilibrados, elegantes.

E veio então a segunda surpresa de Domingos Soares Franco, um tinto Colares de 1969, um clássico, aquela elegância no nariz, sedoso na boca, a dar prazer até à última gota. E uma relíquia dos vinhos portugueses, o José de Sousa Rosado Fernandes de 1940, um vinho absolutamente extraordinário, de que Domingos Soares Franco teve a ousadia de abrir duas garrafinhas! Difícil de descrever, absolutamente fantástico! Já não o provava há alguns anos, meu Deus, como continua exuberante, perfeito!!!

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Trilogia – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Chegada a ocasião das sobremesas, que foram colocadas no balcão – e das quais fazia parte obrigatória a verdadeira torta de Azeitão – vieram os licorosos, que em Azeitão são os moscatéis e também um vintage de 2000 da Ramos Pinto.

Passaram pelos copos o Alambre 20 anos (veja aqui um artigo Blend sobre este vinho), sempre seguro, muito agradável, e um delicioso Bastardinho 30 anos, cheio de elegância, uma acidez incrível, fresco, sedoso mas com uma bela estrutura, um grande vinho. E cantaram-se os parabéns, pois o filho de Domingos fazia anos.

Mas Domingos Soares Franco preparava a última surpresa da tarde: uma garrafa de Trilogia, um vinho exotérico, incrível, soberbo. Um vinho de contemplação! Depois disto, ficamos arrumados, a vociferar impropérios a Domingos e a lembrarmo-nos do patinho feio dos desenhos animados quando dizia: “It’s an injustice, it is!!!”

O sorriso aberto e franco de Domingos Soares Franco acompanhou-nos até casa, com satisfação.

Até para o ano Domingos, em Camarate…

Contactos
José Maria da Fonseca, S.A.
Quinta da Bassaqueira, Estrada Nacional 10
2925-542, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, Portugal
Tel: 351 212 197 500
info@jmf.pt
www.jmf.pt

L´And Vineyards, um hotel dedicado ao culto do vinho…

Texto José Silva

Está situado muito perto de Montemor-o-Novo, em pleno Alentejo, este hotel que é muito mais que isso. Banhado pela paisagem alentejana característica, beneficiando daquela quietude, daquele sossego, é uma unidade hoteleira muito moderna e que desenvolve, há cerca de três anos, um novo conceito, em que a produção de vinho faz parte integrante de todo o complexo.

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L’And Vineyards Resort – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

No edifício central estão os serviços que o L’And oferece: restaurante, salas de estar e um spa que inclui uma piscina, havendo ainda uma simpática piscina exterior. E, por baixo deste edifício está, imagine-se, a adega. Mas uma adega de pequenas dimensões, com cubas de aço inox muito pequenas, uma versão liliputiana das adegas alentejanas, sendo o responsável pela produção dos vinhos o engº. Paulo Laureano, um enólogo com enorme experiência, que aceitou este desafio.

Cá fora, em frente ao edifício, estão as vinhas, mas também há vinhas mesmo ao lado da piscina, entre esta e as primeiras suites do hotel. São construções apenas de dois pisos, como aliás são todas as outras, numa integração ambiental que também foi desde o começo uma das grandes preocupações dos proprietários. Um lago artificial serve apenas para reter a água necessária para regar os imensos relvados e, a seu tempo, as vinhas.

Embora os automóveis possam aparcar junto aos apartamentos, o pessoal do hotel desloca-se em veículos eléctricos por todo o complexo. Não há ali os tradicionais quartos de hotel, mas sim suites de pelo menos dois quartos, com salas de estar enormes, cheias de luz e muito bem equipadas, com mini-bar, máquina de café Nexpresso, televisão com todos os canais possíveis, vídeo e suporte para Ipod e Iphone, ar condicionado e um pátio interior absolutamente privado.

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Vinhas L’And Vineyards – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Não faltam uns confortáveis chapéus de palha, que se podem revelar muito úteis, diria mesmo fundamentais, para enfrentar o vigor do sol alentejano. Cá fora, em cada suite, há uma lareira que pode ser acesa para se estar cá fora, à noite. Há também algumas vivendas que foram vendidas a privados, mas que fazem parte de todo o complexo, beneficiando mesmo de alguns dos seus serviços. É um local para descansar e fazer belas caminhadas a pé, mas que não deixa de estar bem perto de Montemor-o-Novo, com todas as necessidades mesmo à mão. No spa, bem como em todas as suites, usam-se os produtos de beleza da Caudalie, preparados à base de uvas e de vinho, sendo propostas no spa várias aplicações, massagens e tratamentos de vinoterapia, de belo efeito.

Mas como o corpo também tem que ser bem tratado interiormente, há um excelente restaurante, onde todos os dias é servido um completíssimo pequeno almoço. Embora esteja encerrado à segunda e terça-feiras, o restaurante tem um serviço impecável, com amesendação de grande qualidade e profissionais que não descuram o mais pequeno pormenor, e que inclui o serviço dum escanção, a propor-nos viagens apelativas pelo nosso mundo vínico. E que servem de suporte a uma ementa preparada diariamente pela equipa de profissionais dirigida pelo chefe Miguel Laffan que, com a sua experiência e bom gosto, lhe valeu em 2013 a atribuição duma estrela do prestigiado guia Michelin, aliás inteiramente merecida.

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Restaurante L’And Vineyards – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

É a busca de paladares e texturas suaves e requintadas em que a utilização exaustiva de produtos genuinamente portugueses é uma constante, com resultados brilhantes, que ali têm levado imensos visitantes, com uma percentagem enorme de portugueses, que cada vez mais dão valor aos nossos produtos, aos nossos vinhos e aos nossos profissionais.

O menu degustação que se provou é uma boa solução, para apreciar entradas, peixe, carne e sobremesa, a que se podem juntar vários vinhos servidos a copo.

Começamos por petiscar umas amêndoas caramelizadas com caril, até que veio uma deliciosa sopa de peixe da costa vicentina, lagostim assado e croquete cremoso de ostra, seguido de tataki de atum em mil folhas, compota de cebola roxa e chutney de manga com salada de rábano, coentros, bergamota e wasabe. Também um delicioso salmonete em caldo de caldeirada com salada crocante.

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Tataki de Atum em Mil Folhas – Foto de José Silva | Todos os direitos Reservados

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Salmonete em Caldo – Foto de José Silva | Todos os direitos Reservados

Veio depois a carne com o lombinho de porco de raça alentejana assado lentamente, gratin de couve-flor texturizado com salteado de espargos, ervilha e morcela regional, uma festa para o paladar.

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Duo de cenoura, terra de pistacho com espuma de açafrão e gengibre e gelado de mel – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Nas sobremesas provou-se o tiramisu de pistacho com chocolate branco e cerejas confitadas, gelado de café e crocante de chocolate tainori, para terminarmos com um duo de cenoura sobre terra de pistacho com espuma de açafrão e gengibre e gelado de mel.

Os vinhos propostos foram espumante bruto da Herdade do Esporão, muito elegante, suave mas com bolha persistente e cordão cremoso, o branco duas castas do mesmo produtor, com Roupeiro e Arinto, de 2012, fresco, muito elegante, com óptima acidez e alguma evolução, excelente vinho.

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L´And Vineyards Reserva 2010 – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Grandjó de 2008 Late Harvest – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois veio o tinto L’And Vineyards Reserva 2010, cheio de estrutura, redondo, de aromas muito elegantes, aveludado mas com a força dos frutos vermelhos e taninos bem casados, um vinho a reter.

Para as sobremesas o escanção propôs um vinho do Porto Rozès White Reserva e um Grandjó de 2008 Late Harvest, e propôs muito bem.

Servidos na temperatura correcta em copos adequados, foram o epílogo de excelência para uma refeição magnífica neste L’And Vineyards.

Contactos
L’And Vineyards
Estrada Nacional 4
Herdade das Valadas
Apartado 122
7050-031 Montemor-o-Novo
Évora
Tel: (+351) 266 242 400
Fax: (+351) 266 242 401
E-mail: reservas@l-and.com or info@l-and.com
Site: l-andvineyards.com