Texto João Barbosa
As crianças escrevem, em Dezembro, ao Pai Natal a contar como se portaram bem durante o ano e pedem presentes. Já não tenho idade para isso! Hoje escrevo ao Verão para que possa ter uns dias tranquilos com Sol, durante o período da sua governação.
Em vez de brinquedos, peço para ter vinhos que me contentem enquanto me convenço que o Verão será eterno e que ainda consigo atravessar a nado a Baía de Sesimbra. Conto aqui alguns vinhos da Quinta do Gradil que levo na sacola.
A Quinta do Gradil situa-se no Cadaval, na região vitivinícola de Lisboa. A propriedade é muito antiga e teve vários proprietários ilustres, como o primeiro Marquês de Pombal. No total são 123 hectares de vinha e hoje é o berço de vários vinhos.
A enologia está a cargo de António Ventura e Vera Moreira. Já várias vezes me manifestei admirador deste enólogo, que talvez seja quem mais litros de vinho faz em Portugal. Aqui impressiona-me a forma como as castas se diferenciam e mantém a identidade… quantas e quantas vezes não encontramos vinhos iguais de castas diferentes? Por isso, aqui acrescem vantagens didácticas, características que ajudam a compreender as variedades das uvas.
António Ventura cumpriu 32 anos de trabalho na Quinta do Gradil. Conta que 2015 foi um bom ano para tintos nesta propriedade.
O Mula Velha Rosé 2015 é perigoso! No bom sentido. Fez-se com uvas castelão e tinta roriz e tem uma acidez que o recomenda para pratos leves de Verão. Quanto a mim, penso que resulta melhor a acompanhar as conversas despreocupadas das férias…
O Mula Velha Reserva Branco 2015 fez-se com uvas arinto e fernão pires, com um pouco de chardonnay. Este é bom amigo das comidas estivais.
O Quinta do Gradil Viosinho 2015 é Verão engarrafado. Muito fresco, junta características minerais e tropicais. Tem a «graça» de ser feito com uma casta improvável. Não há histórico desta cultivar duriense descer tanto no país. É um vinho para conversar e mariscar.
O Quinta do Gradil Sauvignon Blanc e Arinto 2015 é já quase um clássico. Sabe-se que estas duas castas funcionam bem juntas e esta casa produtora cedo acertou na fórmula. Tal como o anterior, é um vinho para conversar e mariscar.
O Quinta do Gradil Chardonnay 2015… epá! Soube-me mesmo bem. É untuoso e complexo, com estrutura, nada pesado ou enjoativo. Teimo em gostar dos vinhos desta propriedade para ficar à conversa. Este gosta de estar à mesa e irá bem com carne de aves.
O Quinta do Gradil Rosé Syrah e Touriga Nacional 2015 é para… mesa e converseta. Belo.
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