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Os Muros de Anselmo Mendes

Anselmo Mendes é nome maior da enologia Portuguesa, nasceu e cresceu em Monção e foi aí que desde criança se familiarizou com a cultura da vinha e a produção do vinho. Um verdadeiro mestre da enologia que trata a casta Alvarinho com uma precisão e rigor, como poucos o sabem fazer no mundo. Fruto do seu trabalho a partir de três castas e em três das zonas da Região Demarcada dos Vinhos Verdes: Alvarinho no Vale do Minho, Loureiro no Vale do Lima e Avesso no Vale do Douro, nascem os seus vinhos. Um artigo dividido em duas partes, numa primeira parte dedicada aos cinco exemplares designados como Muros, desde o Escolha, passando pelos varietais até ao topo Muros de Melgaço. São cinco os Muros, todos distintos mas com identidade muito própria, a transmitirem aquilo que de melhor as castas e os locais de origem têm para nos dar.

vinha Anselmo Mendes

Vinha – – Foto de João Pedro Carvalho| Todos os Direitos Reservados

Muros Antigos Escolha 2015: Nasce da selecção das castas Alvarinho, Loureiro e Avesso. Aroma muito coeso e limpo, de fino recorte cheio de fruta (tropical, citrinos, pomar) com bela frescura. Na boca mostra-se cheio de sabor, leveza com acidez vincada a prolongar um final com ligeira secura.

Muros Antigos Avesso 2015: Proveniente de uvas criadas no Vale do Douro, em Baião, com vinhas em altitude acima dos 500m. Muito preciso de aroma, fresco e mineral com a fruta (citrinos maduros) presente sem grande exaltação. Boca a mostrar um conjunto com muita energia, fruta bem presente com final onde se sente um ligeiro travo mineral.

Muros Antigos Loureiro 2015: Uvas da casta Loureiro criadas no Vale do Rio Lima. Muito bem no aroma a invocar a casta, perfumado (floral) com toque de folha verde de louro, citrinos, todo ele muito preciso, fresco e elegante. Replica no palato, apoiado numa bela acidez, acutilante e expressivo num misto de energia e finesse.

Muros Antigos Anselmo Mendes

Muros Antigos – Foto de João Pedro Carvalho| Todos os Direitos Reservados

Muros Antigos Alvarinho 2015: A casta Alvarinho de vinhas junto ao rio, em solos com elevado teor de pedra rolada. Muito limpo de aromas, mostra-se bem fresco com notas de fruta bem madura (tropical ligeiro, tangerina), flor de laranjeira, com um ligeiro toque a noz que lhe confere a sensação de ter alguma untuosidade. Na boca mostra-se com bom corpo, bem estruturado e a mostrar-se bem comunicativo, comandado pela fruta cheia de frescura e sabor.

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Muros Antigos, Alvarinho – Foto de Anselmo Mendes| Todos os Direitos Reservados

Muros de Melgaço 2014: Uvas da casta Alvarinho, exclusivamente produzidas em Melgaço. Fermenta e estagia em barricas de carvalho francês durante 6 meses. Um clássico e aquele que durante anos foi o topo de gama do produtor. Um vinho onde predomina a elegância de conjunto com uma fruta (citrinos com ligeiro toque tropical) lado a lado com uma mineralidade muito fina e delicada.

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Muros de Melgaço – Foto de Anselmo Mendes| Todos os Direitos Reservados

Notas de pederneira num vinho que mostra ter uma bonita complexidade, que irá aumentar com o passar dos anos em garrafa, mas que dá uma excelente prova desde já. Boca com grande finesse e equilíbrio, frescura acompanhada pela fruta e um final de travo seco e mineral. Um grande vinho.

Texto João Pedro de Carvalho

Quintas de Melgaço – QM Homenagem Reserva 2014

Texto João Pedro de Carvalho

Rumamos à belíssima região dos Vinhos Verdes onde a casta rainha é a Alvarinho.

Video by QM – Todos os Direitos Reservados

É no terroir de Monção e Melgaço que nascem os melhores exemplares de Alvarinho e muito recentemente pela mão das Quintas de Melgaço foi lançado um desses exemplares de se tirar o chapéu. Por ali tudo começou há cerca de 20 anos pelo amor à terra natal (Melgaço) de um minhoto de gema de seu nome, Amadeu Abílio Lopes, fundador da Quintas de Melgaço e que foi recentemente homenageado com o lançamento deste QM Homenagem Reserva 2014. A Quintas de Melgaço junta paixão e tradição, são mais de 500 produtores da região que fazem chegar as suas uvas à adega. Das melhores uvas de Alvarinho do ano 2014 nasceu este precioso e raro vinho, que teve direito a passagem por madeira, com produção final a rondar as mil unidades.

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A Quinta – Foto Cedida por Quintas de Melgaço | Todos os Direitos Reservados

Correndo o risco de me repetir, há que chamar a atenção dos consumidores para a qualidade actual dos vinhos brancos criados nesta região de excelência. As provas no que diz respeito à qualidade e mesmo longevidade estão mais que dadas ano após ano. Um aviso que serve para os vinhos de todas as gamas, porque até nos vinhos ditos mais baratos as surpresas estão ao virar da esquina. A verdade é que a virtuosidade com que os brancos minhotos brilham à mesa é fantástica, mais ainda se tivermos em conta como acompanhamento de tudo o que é peixe ou marisco. Têm como que o toque de midas e há que salientar o facto de que a região não se ter deixado canibalizar por castas vindas de fora face às suas nativas Alvarinho, Loureiro, Trajadura, Avesso… pois souberam entender que é ali que elas brilham e nos sabem conquistar com toda a sua energia e perfume.

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QM Homenagem Reserva – Foto Cedida por Quintas de Melgaço | Todos os Direitos Reservados

Façamos pois a vontade a um vinho tão especial como este QM Homenagem Reserva 2014, que goza de uma fantástica energia e frescura. A casta faz-se mostrar com garbo e alguma ousadia, acutilante na acidez com uma boa austeridade mineral em pano de fundo. A madeira por onde passou confere aquele extra de complexidade, serena-lhe ligeiramente o espírito, de resto é daqueles brancos que precisa de tempo no copo mas essencialmente na garrafa para crescer ainda mais. Foi acompanhado por uma cataplana de cherne com amêijoas e mexilhões, de beber e chorar por mais.

Soalheiro, a excelência de 2015

Texto João Pedro de Carvalho

Desta vez vou falar da marca de Alvarinho que mais tenho em casa e que vai para longos anos tem um canto reservado no escuro da minha garrafeira. Muitos podem pensar, mas guardar os Alvarinho na garrafeira? Sim é verdade, guardo estes e outros porque a capacidade de guarda está mais que comprovada ano após ano, colheita após colheita. Para quem olha de soslaio ou fica na dúvida, então que tenha a sorte de provar um destes belos exemplares dos anos 90 ou para não recuar muito no tempo que se beba um “simples” 2007 e se for em Magnum ainda melhor.

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Soalheiro – Foto Cedida por Quinta de Soalheiro | Todos os Direitos Reservados

A evolução ou direi mesmo, a perfeição tem vindo a aumentar a olhos vistos e os vinhos a cada década que passa têm sabido espelhar isso mesmo. Hoje mais do que nunca a limpeza aromática aliada a uma energia própria dos vinhos da região (Vinhos Verdes) faz com que os Soalheiro, entre outros, ganhem outra dimensão na hora de irem à mesa. O génio da lâmpada neste caso da adega, chama-se António Luís Cerdeira e é quem tem tido a capacidade de deliciar com os seus vinhos uma legião de fans na qual eu me incluo.

Depois das recentes novidades que aqui já tive oportunidade de relatar, estará para breve o lançamento do Soalheiro Granit, chegam agora os novos 2015 de uma colheita considerada de excelência pelo próprio produtor. Neste caso são os mais jovens do alinhamento, começando pelo Soalheiro ALLO 2015 que resulta de um lote 50/50 de Alvarinho e Loureiro. Desta junção nasce um branco cheio de aromas que invocam fruta e flores frescas, vibrante, muito perfumado e ao mesmo tempo leve e divertido, num vinho que mal damos conta e a garrafa já acabou. É daqueles brancos que apetece ter à mesa num final de tarde em pleno Verão a acompanhar uns canapés ou mariscos de concha ao natural.

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Soalheiro ALLO 2015 & Soalheiro Alvarinho 2015 – Foto de João Pedro de Carvalho | Todos os Direitos Reservados

O segundo vinho é o incontornável Soalheiro Alvarinho 2015, que quanto a mim se mostra muito melhor nesta colheita que por exemplo na anterior, noto aqui mais frescura com a fruta menos exposta e com a mesma a surgir menos madura e mais airosa. Quanto ao resto é o perfil Soalheiro a funcionar onde os descritores da casta aparecem num conjunto que conquista no imediato pelos aromas limpos e bem definidos, boa intensidade de conjunto a mostrar-se tenso, muito fresco e com austeridade mineral em pano de fundo. A fruta (maracujá, líchia, citrinos) funde-se com notas florais, uma muito ligeira e fina colherada de mel a fazer toda a ligação e que se equilibra muito bem com a acidez do vinho. Beba-se desde já com uns camarões tigre grelhados ou então que se guarde por dois anos para se ter uma agradável surpresa.

Contactos
Quinta de Soalheiro
4960-010 Alvaredo, Melgaço
Tel: (+351) 251 416 769
Fax: (+351) 251 416 771
Email: quinta@soalheiro.com
Website: www.soalheiro.com

Quinta do Ameal, qualidade por todo o lado

Texto José Silva

Numa pequena quinta minhota que remonta a 1710, Pedro Araújo, bisneto de Adriano Ramos Pinto, vem desenvolvendo um projecto de produção de vinhos brancos no vale do rio Lima, que se têm vindo a impor como reconhecidamente vinhos de qualidade superior.

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A casa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Vinhas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Beneficiando dum terroir  único, numa propriedade que tem margem com o rio Lima, com solos excelentes e uma exposição solar óptima, ali foi desenvolvendo as vinhas predominantemente com a casta rainha da região, o Loureiro. Chegou a ter um pouco de Arinto, que engarrafou em 2005, mas a auto-estrada que liga Ponte de Lima aos Arcos de Valdevez cortou-lhe essa vinha. Tem vindo também a plantar mais algumas vinhas e vai em breve plantar novamente um pouco de Arinto. No total tem 30 hectares de vinha, 12 dos quais em produção biológica.

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Ameal Loureiro – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Ameal Escolha – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O primeiro Ameal Loureiro foi feito em 1999 e em 2000 aparece o Ameal Escolha, que foi o primeiro Loureiro fermentado e estagiado em barrica.

Mais tarde, em 2002, produziu o seu primeiro espumante, que só foi lançado em 2009 e em 2006 produziu outro espumante, que só vai ser lançado em 2016, com 10 anos de estágio.

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O seu primeiro espumante – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Ameal Special Harvest – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E em 2007 surgiu o primeiro Special Harvest, um colheita tardia de que só houve 700 meias garrafas. E que foi produzido novamente em 2010, 2011 e 2012, estando prevista nova produção em 2015.

Fechando um círculo de novidades, em 2011 foi a vez do primeiro Ameal Solo, que é um vinho natural, depois de 10 anos de agricultura biológica. Um tributo aos solos e à vida que neles existe. Foi lançado em 2013 e feito novamente em 2014, que já está no mercado, e que é mais um vinho que esgota rapidamente. Na Quinta do Ameal são produzidas anualmente cerca de 60.000 garrafas de vinho, que são exportados para 15 países, entre os quais a Austrália, e que o Pedro Araújo tem conseguido colocar em restaurantes de renome, entre os quais muitos com estrelas Michelin, fruto dum trabalho complexo que inclui muitas deslocações a vários países, a feiras e festivais. Os vinhos da Quinta do Ameal são brancos com um perfil muito próprio, com fruta mas sem serem demasiado exuberantes, vinhos com complexidade, enigmáticos, com excelente acidez e imensa mineralidade, vinhos cativantes, que nos prendem, que apetecem. Sendo brancos produzidos na região dos vinhos verdes, nem por isso são vinhos apenas para o tempo quente, muito pelo contrário. São vinhos gastronómicos, que se bebem bem no verão, bem frescos, mas que também apetecem no inverno, por exemplo com marisco, com peixe assado no forno e mesmo com uma bacalhoada. E que o Pedro Araújo sabe como ninguém transmitir, fazer chegar aos mercados.

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Quarto – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Casa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Recentemente, resolveu investir no turismo rural, potenciando a beleza natural da quinta e recuperando várias casas, de vários tamanhos.

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Sala – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Casa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

São suites divididas pelas casas, destacando-se a casa maior, com três suites e uma sala enorme que serve de sala de estar, para pequenos almoços e refeições diversas, assim como para provas de vinhos. Em todas as casas há internet gratuita de grande potência e a curiosidade de haver acesso a muitos canais de rádio de todo o mundo, com escolha de vários tipos de música, para todos os gostos.

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Decor – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Quarto – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

As habitações têm pormenores requintados, onde foram utilizados muitos materiais da própria quinta, a partir de árvores que caíram ou tiveram de ser abatidas, e mesmo a partir de portas e portões antigos, que agora têm outro tipo de utilização, de imenso bom gosto.

O conforto está sempre bem presente, por todo o lado. Os pequenos almoços utilizam, sempre que possível, produtos naturais da quinta.

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Vinhas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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A Quinta – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Com uma capacidade para 11 pessoas, podem fazer-se passeios pela propriedade, junto às vinhas ou junto ao rio, e há mesmo um caminho pedonal que liga a quinta a Ponte de Lima, ali a poucos quilómetros de distancia.

Pelo bom tempo a piscina é lugar de grande procura, onde podem ser servidos alguns petiscos e bebidas frescas, entre as quais os vinhos da quinta. E, por encomenda, servem-se refeições completas de vários tipos de comida.

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A piscina – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Pedro Araújo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Pedro Araújo criou uma unidade hoteleira moderna, ao serviço do enoturismo, em pleno Minho.

Contactos
Quinta do Ameal – SOC. AGR. S.A.
4990 – 707 Refóios do Lima Ponte do Lima
Portugal
Telemóvel: (+351) 916 907 016
Tel: (+351) 258 947 172
Fax: (+351) 258 947 172
E-mail: quintadoameal@netcabo.pt
Website: www.quintadoameal.com

Quinta de Covela os novos vinhos de 2014

Texto João Pedro de Carvalho

Foi no passado dia 22 de Abril que a Quinta de Covela veio a Lisboa mostrar os seus vinhos da colheita de 2014. Num dos ícones da gastronomia Lisboeta, a Cervejaria Ramiro, foram provados os brancos monocasta e o rosé da Quinta de Covela. Guiados por toda a equipa, a introdução coube ao viticultor Gonçalo Sousa Lopes e ao enólogo Rui Cunha. O ano de 2014 foi muito bom, a chuva fez-se sentir na devida altura intercalando com o calor fazendo com que a maturação das uvas tenha sido lenta e arrisco a dizer perfeita. O resultado está à vista, vinhos bem frescos com aromas e sabores muito bem definidos de forma cristalina e a mostrar uma natural apetência para a mesa. A procura por estes vinhos tem vindo a aumentar, sendo a produção de momento ainda reduzida face à necessária replantação que se ficou a dever ao mau estado em que foi encontrado grande parte do vinhedo, cerca de 40%.

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Equipa Covela – Foto de João Pedro de Carvalho | Todos os Direitos Reservados

Logo de início tivemos um mano a mano entre o Covela Edição Nacional Avesso com a colheita 2013 (garrafa magnum) e 2014. Uma diferença que se fez notar num Avesso 2013 muito mais sisudo e coeso, fruta (citrino, maçã) muito mais gorda sem grande definição aromática, num conjunto com alguma austeridade na boca, final seco.

O Covela Edição Nacional Avesso 2014 brilhou com os seus aromas muito puros e quase cristalinos, um toque floral muito perfumado com a fruta em grande destaque, muita frescura com nervo e mineralidade em fundo. Conjunto coeso, cheio de vida, boca com grande vida e muito sabor, secura final a pedir mesa que foi o que sucedeu acompanhando com galhardia umas Ameijõas à Bulhão Pato.

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Covela Edição Nacional Avesso 2014 – Foto de João Pedro de Carvalho | Todos os Direitos Reservados

O próximo vinho surge em tom de Arinto, muito austero e cheio de garra este novo Covela Edição Nacional Arinto 2014, muita frescura num conjunto ainda bastante novo. A base é de citrinos, com algum floral, embora todo o conjunto precise de mais tempo, por agora é o tom mineral de fundo que mais se faz destacar com uma enorme energia na boca. É um branco de bom porte atlético, muito menos brincalhão de aromas do que o Avesso. Neste caso pede pratos com um pouco mais de substância e vontade seja feita acompanhou umas Gambas al Ajillo.

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Covela Edição Nacional Arinto 2014 e Covela Rosé 2014 – Foto de João Pedro de Carvalho | Todos os Direitos Reservados

Outra das novidades o Covela Rosé 2014, feito a partir de Touriga Nacional que se vindima precocemente apenas para dar origem a este vinho. É um caso de sucesso e um dos melhores rosés feitos em Portugal, conquista pelo conjunto, jovem, fresco e delicado. Aromas e sabores muito detalhados, delicado floral com aquela frescura marcante. Palato equilibrado entre fruta/acidez com muito boa presença sem nunca deixar de ter aquela secura em final de boca que revigora o palato e lhe confere uma tão boa apetência gastronómica.

Contactos
LIMA SMITH Lda.
Quinta de Covela,
S. Tomé de Covelas
4640-211 BAIÃO
Tel: (+351) 254 886 298
E-mail: info@covela.pt
Website: www.covela.pt