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Uma aliança entre o vinho e a arte, no coração da Bairrada

Texto José Silva

Já há uns anos pertencente ao grupo Bacalhôa, a Aliança tem sabido manter e mesmo refinar uma entidade muito própria e, apesar de produzir vinhos noutras regiões vinícolas, é com a Bairrada que se identifica profundamente e é ali que continua sediada.

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Aliança Vinhos de Portugal – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

Se são os seus espumantes que lhe dão prestígio e reconhecimento no mercado, os seus vinhos bairradinos têm vindo a crescer paulatinamente, afirmando-se hoje como vinhos de excelência numa região que se libertou de algumas amarras e viaja hoje à vontade, a toda a bolina, sempre rumo à qualidade. As suas aguardentes lá continuam em repouso nas profundezas das caves, sem pressas, mantendo a extraordinária qualidade a que nos habituaram.

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Aliança Underground Museum – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

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Aliança Underground Museum – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

Em recente visita, fizemos um agradável passeio pelas caves e o seu revolucionário museu a que chamaram “Aliança Underground Museum”, onde estão alojadas centenas de peças fantásticas da vastíssima colecção do proprietário da empresa, que vale bem a pena conhecer. Essa viagem cultural é partilhada por muitos dos vinhos que ali se produzem e estão guardados nas caves.

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Aliança Underground Museum – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

E onde, obviamente, os espumantes são reis incontestados, até pela quantidade de garrafas em estágio. São corredores escuros e baixos, cheios de bolores que atestam a humidade constante que, aliada às temperaturas baixas com pouquíssima amplitude térmica, proporcionam condições ideais para o desenvolvimento destes vinhos com gás natural.

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Aliança Underground Museum – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

As aguardentes ocupam a parte mais profunda das caves, com uma quantidade incrível de cascos de madeira muito velhos, que as acariciam naquele ambiente surreal.

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Francisco Antunes – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

E foram vinhos e espumantes da casa que provamos, numa interessantíssima prova dirigida pelo Francisco Antunes, ditector de enologia da casa, grande conhecedor da região, muitos anos a produzir vinhos tranquilos e espumantes, viciado na caça e duma boa disposição contagiante.

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Aliança Branco Reserva 2014 – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

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Aliança Tinto Reserva 2012 – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

Começamos pelo Aliança Branco Reserva 2014, feito com Maria-Gomes, Bical e Arinto. Um vinho de combate. Amarelo citrino, cristalino, muita fruta branca no nariz, algo floral, muito elegante. Na boca é seco, muito fresco, citrino com volume médio, um vinho moderno. A €2,15 a garrafa é um excelente opção. Passamos ao Aliança Tinto Reserva 2012, feito com Baga, Touriga Nacional e Tinta Roriz. Muita fruta, muita frescura e juventude. Na boca é intenso, persistente, mantém bastantes notas de fruta madura, taninos já domados mas bem presentes, um vinho a pedir comida.

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Aliança Tinto Baga 2009 – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

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Aliança Rosé Baga-Bairrada Bruto – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

O Aliança Tinto Baga 2009 revelou toda a excelência aromática da casta Baga. Intenso, muita fruta, notas de compota. Redondo, bom volume de boca, frutos vermelhos muito maduros, taninos poderosos, bem vincados, excelente acidez e final longo. Belo vinho que já se bebe muito bem, mas que vai envelhecer muito bem por muitos anos. Passamos então aos vinhos com bolhinhas, começando pelo Aliança Rosé Baga-Bairrada Bruto, uma novidade no mercado. Duma cor salmão muito suave, com bolha muito fina, apresentou-se muito elegante no nariz, ligeiramente floral, com notas de frutos vermelhos. Na boca é seco, com óptima acidez, bela estrutura e muita elegância, um espumante moderno.

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Aliança Baga-Bairrada Bruto 2013 – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

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Aliança Bruto Vintage 2010 – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

Seguiu-se o Aliança Baga-Bairrada Bruto 2013, citrino, cristalino com bolha fina muito elegante. No nariz tem notas de maçã verde, alguns frutos secos, tosta. Na boca impressiona pela frescura e acidez vibrante, seco, intenso, notas ligeiramente tostadas e final longo e saboroso. Um óptimo bairradino. Terminamos a prova com um clássico, o Aliança Bruto Vintage 2010. Amarelo ligeiramente torrado, bolha finíssima e cordão persistente. Nariz exótico, com notas de frutos secos, nozes, tosta, noz moscada. Na boca é poderoso, seco, muita complexidade, acidez intensa, volumoso, cheio, cremoso, com final imenso, um espumante de excelência.

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Petingas e carapauzinhos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Bolinhos de bacalhau e rissóis de leitão – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Passamos então à mesa, onde provamos alguns destes vinhos, para fazer companhia a um conjunto de petiscos – petingas e carapauzinhos, bolinhos de bacalhau e rissóis de leitão.

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Galo assado no forno com arroz de ervilhas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Queijo, marmelada e pão-de-ló – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Depois foi um galo assado no forno com arroz de ervilhas, para terminar queijo, marmelada e pão-de-ló. Os vinhos da Aliança continuavam a escorrer pelos copos.

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Vinhos da Aliança – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 

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Até à próxima – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 

Já cá fora, foi a despedida, até à próxima…

Contactos
Aliança – Vinhos de Portugal SA
Rua do Comércio, 444
Apartado 6
3781-908 Sangalhos
Portugal
Tel: (+351) 234 732 000
Fax: (+351) 234 732 005
E-mail: alianca@alianca.pt
Website: www.alianca.pt

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O novo Chryseia 2013…

Texto José Silva

Desta vez a associação Prats & Symington, entre a família Symington e o enólogo francês Bruno Prats, escolheu o restaurante Belcanto, do chefe José Avillez, em Lisboa, para apresentar os seus novos vinhos: Prazo de Roriz Douro Doc 2012, Post Scriptum Douro Doc 2013 e a jóia da coroa, o Chryseia Douro Doc 2013.

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José Avillez – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

Pela família Symington estava Rupert Symington, acompanhado por Bruno Prats, que em tempos foi proprietário do Château Cos d’ Estournel, em Bordéus, antes de se apaixonar pelo Douro. Lembremo-nos que o Chryseia de 2011 foi considerado em 2014, pela revista norte americana Wine Spectator o terceito melhor vinho do mundo! O que fez com que esgotasse rápidamente, logo seguido da colheita de 2012, estando o mercado sem Chryseia desde então. Por isso também a curiosidade e ânsia de todos os presentes para provar a nova colheita, Chryseia 2013.

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Rupert Symington – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

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Bruno Prats – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

Recebidos com a qualidade e simpatia a que este espaço já nos habituou, começamos, como é tradição nos eventos da família Symington, por apreciar o champagne Paul Roger, neste caso o Brut Rosé Vintage 2006, que estava soberbo, à temperatura certa, ainda por cima num dia de calor. Conversa puxa conversa e foram passando pela sala diversos petiscos deliciosos, para fazer companhia ao champagne, ou vice-versa, servidos com o requinte que se espera num restaurante detentor de duas estrelas do guia Michelin: tremoço esférico com kaffir e piripiri, azeitona XL-LX e gaspacho de cereja. Estava lançado o mote.

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Prazo de Roriz 2012 – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

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“A horta da galinha dos ovos de ouro” – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Já sentados à mesa, foi servido o Prazo de Roriz Douro Doc 2012, com aquela típica cor ruby intensa. No nariz apresentou-se com muita fruta bem madura, notas de amora e ameixa e um ligeiro floral. Bem volumoso na boca, cheio, intenso mas elegante, fruta preta gulosa, acidez e frescura em perfeito equilíbrio e um bom final, num vinho que ainda pode evoluir na garrafa durante alguns anos. E que acompanhou muito bem o ferrero rocher, frango assado e a horta da galinha dos ovos de ouro, ovo, pão crocante e cogumelos…a arte da cozinha do chefe Avillez à nossa mesa.

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Post Scriptum 2013 – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

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Charcoal-roasted red mullet – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ainda recostados na cadeira a apreciar aqueles paladares fantásticos e já nos era servido o Post Scriptum Douro Doc 2013. Granada intenso, escuro, tem notas frescas de figos, ameixas, amoras, algumas especiarias. Na boca apresenta-se muito jovem, fresco, com óptima acidez, taninos intensos mas já muito bem casados com a fruta, a deixar um final longo e saboroso. Foi muito boa companhia para o salmonete braseado, com molho de fígados e xerém de amêijoas à Bulhão Pato, um prato delicioso, muito elegante e fresco.

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Chryseia 2013 – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

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Superb ox-tail – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Chegou então o esperado momento, já corria nos copos o Chryseia Douro Doc 2013. Granada escuro, intenso, opaco. Muito exótico no nariz, aromas de frutos pretos característico, mas também algumas framboesas, ligeiras notas de especiarias, apesar dos taninos intensos um vinho cheio de elegância, redondo, bem estruturado e com enorme final. Está ali para durar muito tempo…se lá chegar! Bateu-se taco a taco com um soberbo rabo de boi com grão, foie gras, tendões de vitela, creme de cebola e queijo da ilha. Difícil de descrever, tal a complexidade de paladares neste prato de grande nível, num casamento perfeito com o Chryseia. Mas ainda faltava a sobremesa e foi servido o Quinta de Roriz Porto Vintage 2000, um clássico duriense, ainda muito escuro no copo, com aromas intensos de fruta preta e já com notas ligeiras de frutos secos e algum chocolate.

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The dessert – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Na boca é muito volumosos, cheio de estrutura, muita fruta, notas de especiarias, fumo, plantas silvestres, um vinho que não vai parar de evoluir, com final muito longo, que acompanhou uma sobremesa desconcertante: chocolate, banana e amendoim, a fechar o almoço em beleza…

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Quinta de Roriz Porto Vintage 2000 – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

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Graham’s 30 Year Old Tawny Port – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

Com o café e os petit fours, a tradição dos tawny da família Symington, com o Porto Graham’s Tawny 30 Anos, cheio de frutos secos, tostado, extraordináriamente elegante, um grande vinho do Porto.

Cheers!

Contactos
Quinta de Roriz
São João da Pesqueira
5130-113 ERVEDOSA DO DOURO
Portugal
Tel: +351-22-3776300
Fax: +351-22-3776301
E-mail: info@chryseia.com
Website: www.chryseia.com

Um fim-de-semana de vindimas no Douro…

Texto José Silva

As vindimas começaram em força no Douro, um pouco por todo o lado, com o tempo a ajudar. E foi em ambiente de vindimas que passamos um fim-de-semana com a Real Companhia Velha, confortavelmente hospedados no Palácio de Cidrô.

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Palácio de Cidrô – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

A usufruir toda aquela beleza arquitectónica, aqueles jardins belíssimos e o silêncio das noites frescas de céu limpo.

À chegada esperava-nos um jantar volante extremamente agradável, a fazer companhia aos primeiros vinhos desta casa com tanta tradição. Bacalhau desfiado, pataniscas, omeleta baixinha de legumes, arroz de legumes, bolo húmido da casa e fruta variada.

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Vinhos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E provaram-se, para além do espumante de Chardonnay e Pinot Noir que está muitíssimo bom, os brancos tradicionais de CidrôSauvignon-Blanc e Semillion – e os tintos Cabernet Sauvignon com Touriga Nacional e Pinot noir. Mas ainda havia a surpresa dum Quinta do Cidrô Cabernet-Sauvignon…de 1996, ainda cheio de vida. Fechou-se com vinho do Porto, pois claro, um Colheita de 1980, e que bem que escorregou.

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Douro – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

No dia seguinte, depois dum pequeno almoço delicioso, foi um pulo até à Quinta das Carvalhas, com toda aquela beleza do Douro por companhia.

Ali esperava-nos uma vinha de Sousão, onde já trabalhava a roga de vindimadores, a que nos juntamos na tarefa dura de arrancar cachos de uvas.

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Vinhas de Sousão – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Balde, luvas e tesoura – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

À entrada já nos tinham equipado com balde, luvas e tesoura.

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Pedro Silva Reis – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Acabadas as uvas, lá continuamos a subir, com uma paragem aqui e ali, onde o Pedro Silva Reis nos foi dando informações sobre a constante evolução da empresa.

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A beleza do Douro – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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A beleza do Douro – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

A beleza do Douro era cada vez mais arrebatadora.

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Casa Redonda – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Chegados lá acima à Casa Redonda, com aquele espectáculo fantástico do Douro a 360º, as máquinas fotográficas não conseguiam parar de disparar, era a “ditadura” da paisagem! Como diria Miguel Torga: “É um excesso de natureza!”

Esperavam-nos alguns petiscos e uma poderosa feijoada à transmontana, uma das refeições mais típicas das vindimas.

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Petiscos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Quinta das Carvalhas Tinta Francisca – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E, claro, os vinhos das Carvalhas, com nova roupagem, brancos cheios de frescura e excelente acidez e tintos encorpados, jovens, com fruta bem madura, entre os quais um surpreendente Tinta Francisca, muito elegante, cheio, requintado. Os vinhos estão mesmo muito bons, modernos e bem apresentados. Juntou-se a nós o Álvaro, que nos deliciou com muitas histórias e informações da sua grande paixão, a viticultura. Mas era tempo de nos dirigirmos à Quinta da Granja, em Alijó, onde funciona a enorme adega, por esta altura em pleno trabalho de vindimas.

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A seleccionar as uvas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Jorge Moreira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ali escolhemos uvas no tabuleiro de escolha, ouvindo explicações do Jorge Moreira, o enólogo principal, que até nos deu algumas amostras de cuba a provar.

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Pisa da uva – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Finalmente, para os mais corajosos, pisaram-se uvas, de tinto e vinho do Porto, nos lagares de granito. Era a festa de celebração das vindimas. Ainda se petiscou uma bola de carne e uns copos de vinho antes de regressarmos a Cidrô, cansados mas satisfeitos.

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Evel XXI & Quinta de Cidrô Sauvignon-Blanc – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Refrescados e aperaltados, juntamo-nos no salão do primeiro piso do palácio para partilhar uns petiscos e alguns vinhos, entre os quais o Evel XXI, que está muito bom, cheio de vida, a dar requinte à marca, e novamente o Sauvignon-Blanc de Cidrô, absolutamente delicioso. Ao comando, mais uma vez, o bom gosto e a simpatia do Pedro Silva Reis.

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Alheira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Lombo assado – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Sentados à mesa, apreciamos uma alheira tostadinha com ovo estrelado e grelos, seguindo-se um lombo assado no forno com batatinhas assadas.

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Quinta das Carvalhas 1997 Vintage Port – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Música do Álvaro, ao vivo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Terminamos em beleza com um Vintage de 1997 que nos acariciou o espírito.

Em fundo, a alegria da música do Álvaro, ao vivo, embalava-nos e fazia-nos sorrir…

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“Até à próxima” – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

De manhã, depois do pequeno almoço – aqueles ovos mexidos com tomate estavam incríveis!! – era a despedida e o regresso a casa.

Ou melhor era o “Até à próxima”!

Contactos
Real Companhia Velha
Rua Azevedo Magalhães 314
4430-022 Vila Nova de Gaia
Tel: (+351) 22 377 51 00
Fax: (+351) 22 377 51 90
E-mail: graca@realcompanhiavelha.pt
Website: realcompanhiavelha.pt

Areia Restaurant Bar, uma refeição fantástica à beira mar

Texto José Silva

Nasceu em Caminha esta minhota de gema que um dia resolveu dedicar-se à culinária, uma paixão que se foi apoderando dela e que hoje é a sua vida. A pesca é, a par da agricultura, uma das principais fontes de rendimento da região e foi um pouco á volta de tudo isto que Margarida Rego foi pesquisando, estudando, provando e tentando conhecer os produtos de excelência. E foi criando pratos, fazendo adaptações e mesmo algumas provocações, mas não dispensa a tradição das coisas boas da sua terra, e gosta de conhecer os seus fornecedores, alguns dos quais são mesmo seus amigos.

Foi com tudo isso que avançou para a exploração dum espaço que pouco mais era que um apoio de praia, o Areia Restaurant Bar, na beleza da praia do Carreço, um pouco a norte de Viana do Castelo.

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O Restaurante – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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O Restaurante – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Margarida mantém o apoio de praia, servindo snacks, mas adaptou o espaço – o interior e a esplanada – ao serviço duma cozinha muito sua, que vai evoluindo ao sabor daquilo que se arranja, sobretudo o que vem do mar: aqueles ouriços, as percebes de bico vermelho, as navalheiras da pedra, a excelência do sargo e quando ele é mais saboroso, o polvo, o peixe galo, o robalo, o camarão na sua época e uma verdadeira paixão pelas algas, mesmo ali daquele mar, que usa duma forma magistral. Mas também a carne, seja de porco, seja de vaca barrosão ou cachena, dependendo da oferta.

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A esplanada – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Depois temos o espaço, moderno e arejado na sua simplicidade, mesmo em cima da areia, completamente invadido por aquela paisagem fantástica, com o mar todo poderoso ao fundo. O serviço é impecável, com profissionais à altura, que nos vão acompanhando com simpatia e eficiência ao longo da refeição, incluindo um competente serviço de vinhos.

Apesar dum pouco de vento, a escolha recaiu na esplanada, o que se veio a revelar acertado. Foram-se abrindo as garrafas que entretanto já refrescavam e que foram mantidas num frapé, enquanto se foram bebendo.

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Pão – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Percebes – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Vieram para a mesa vários tipos e pão e azeite com vários condimentos e, de rompante, apareceram as percebas (como se diz aqui no norte), absolutamente divinais!

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Navalheira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Logo seguidas dumas navalheiras da pedra já abertas, cheias de ovas, a saber a mar.

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Camarões descascados e salteados – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Também sabiam a mar os camarões descascados e salteados, sobre uma cama de algas deliciosas, cujas antenas foram bem fritinhas e, crocantes, comeram-se todas.

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O prato com o conteúdo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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O prato regado com o caldo de navalheira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Veio então a primeira provocação, uma sopa de navalheira, primeiro o prato com o conteúdo, logo de seguida regado com o caldo de navalheira, excelente.

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Polvo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O polvo estava tenríssimo, com batata a murro, couve salteada e uma espuma muito fofa de pimento vermelho, muito bom.

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Lombo de peixe galo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Seguiu-se a segunda provocação da Margarida, um lombo de peixe galo excelente, sobre uma cama de feijão verde e vários tipos de algas – simbolizando a terra e o mar, que se podem ver dum lado e do outro – e ainda um puré de aipo e alho.

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Ouriço do mar – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Para limpar o palato e passar para a carne, a surpresa dum ouriço do mar, fresquíssimo, com pedacinhos de morango.

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Carne Barrosã – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Foi então a vez da carne, neste caso barrosã, cozinhada no ponto, muito saborosa, acompanhada por um delicioso risotto de cogumelos e uma salada verde onde se destacavam a rúcula e as beldroegas.

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Mousse de chocolate – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Fechou-se o repasto com uma soberba mousse de chocolate, polvilhada com pitadas de…flor de sal, e o efeito foi incrível.

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Os vinhos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ao longo da refeição fomos passeando pelos brancos António Futuro, um verde moderno, jovem, apelativo, pelo Vale de Ambrães, ainda um verde, já adulto, bem estruturado, consistente, depois a elegância do Alvarinho da Quinta de Santiago, mineral, salino, muito fresco. O espumante Ortigão trouxe para a mesa uma Bairrada moderna, jovem e cheia de força, para passar para um alentejano como deve ser, complexo, muito elegante, bem casado com a madeira, o Esporão Reserva. Na recta final apareceu à cena um delicioso Quinta da Manoella, o Douro em toda a sua pujança, para terminar num Porto cheio de tradição, o Quinta Seara d´Ordens LBV de 2010, que ficou a pairar na boca por muito tempo.

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O mar – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O mar, esse continuava ali mesmo à nossa frente…

Contactos
Areia Restaurante Bar
Praia de Carreço
4900-278 Carreço
Viana do Castelo – Portugal
Tel: (+351) 258 821 892
E-mail: geral@areia-restaurantebar.com
Website: www.areia-restaurantebar.com

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Restaurante Narcissus Fernandesii

Texto José Silva

Um hotel de cinco estrelas em Vila Viçosa foi novidade há cerca de dois anos e tem-se revelado um sucesso. Pertencente a uma família com negócios no mármore, é com naturalidade que esta é a matéria prima nobre mais utilizada na sua decoração. Tudo ali tem um toque de mármore, de várias cores e várias origens, a dar a todo o espaço um glamour muito próprio. Quartos e suites requintados e plenos de conforto proporcionam estadia reconfortante e tranquila. A tranquilidade da beleza de Vila Viçosa chama para uma visita a pé, sem pressas, visitando o velho castelo e o Palácio dos Duques de Bragança, um museu fantástico que nos conta um pouco da história de Portugal. Depois, sempre que se regressa ao hotel, temos todo o conforto e os apoios para recuperar do passeio: piscinas exterior e interior e um spa extremamente bem equipado. Pessoal profissional, competente e simpático, acompanha-nos sempre que necessitemos. De manhã num fantástico pequeno almoço, à tarde ou ao começo da noite no bar e, claro, no restaurante, uma das atracções deste hotel, com o curioso nome de “Narcissus Fernandesii”. Espaço amplo, com duas salas distintas e uma esplanada com vista para a piscina.

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A sala principal – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Mesa de mármore – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Na sala principal, ampla e requintada, sobressai uma enorme mesa cujo pé descomunal é uma pedra de mármore única, com enorme tampo de vidro. Ali estão expostos os artigos do pequeno almoço e podem ser servidas refeições para grupos. Refeições mais ligeiras ao almoço e um menu à carta para refeições mais completas à noite.

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Pão Regional – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Preparações de manteig – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Há sempre pão regional excelente e azeite alentejano, mas também algumas preparações de manteiga muito saborosas.

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Lascas de Bacalhau – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Bolinhos de farinheira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Para começar há alguns petiscos, sempre muito bem apresentados, como lascas de bacalhau numa açorda de poejos, bolinhos de farinheira, compota de cebola roxa e salada de rebentos ou empada de perdiz com frutos do bosque e salteado de cogumelos de época.

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Empada de perdiz – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Creme de Mogango – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Não faltam as sopas com tradição, como o creme de mogango com ovo escalfado e crocantes de pão alentejano, sopa de abóbora com creme trufado servida numa chávena e uma deliciosa sopinha de beldroegas.

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Sopa de abóbora – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Sopa de beldroegas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ou um foie gras com emulsão de dióspiro, bombom de foie e tosta de bolota, incrível.

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Foie gras – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Carabineiro do Algarve – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O bacalhau está sempre presente, como o bacalhau  com crosta de azeitona galega sobre brás de batata e esparregado de algas e mesmo algum peixe e marisco frescos, como o carabineiro do Algarve com puré de couve-flor e coentros, endivia e emulsão de limão.

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Tornedó de novilho – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Veado fumado – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E a riqueza do tornedó de novilho com foie gras, salteado de legumes, batata assada e creme de espinafres, ou veado fumado em madeira de carvalho e rosmaninho, com redução de vinho da Madeira, favinhas e rebentos de coentros, creme de marmelo, couve flor panada e crocante de presunto de vaca.

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Variações de laranja de Vila Viçosa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

As sobremesas são fantásticas mas as variações de laranja de Vila Viçosa estavam soberbas.

Vila Viçosa continuava à nossa espera, na sua pacatez…

Contactos
Largo Gago Coutinho Nº11
7160-214 Vila Viçosa
Portugal
Tel: (+351)268 887 010
Email: reservas@alentejomarmoris.com
Website: www.alentejomarmoris.com

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Brasão, um restaurante de sucesso em que se defende a tradição…

Texto José Silva

É perto de Felgueiras e há muitos anos que ali se pratica uma cozinha tradicional, mesmo depois da necessária modernização das instalações. Tudo isto liderado pelo sr. Carvalho, proprietário e chefe de cozinha, que tem uma indisfarçável paixão por aquilo que faz.

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Brasão – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O Brasão é um espaço muito agradável, com duas salas separadas mas com o mesmo cuidado nas mesas e no serviço, atento e profissional.

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Dois espaços separado – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O nosso anfitrião anda sempre dum lado para o outro, embora seja a cozinha o seu poiso principal, mas nunca descura os clientes e vem cumprimentá-los e saber o que lhes apetece comer. Mais tarde há-de voltar às mesas, para saber da satisfação dos clientes, sempre com um sorriso na boca e com a sabedoria de muitos anos à volta dos produtos e da cozinha. E é precisamente na qualidade dos produtos que começa tudo, pois ali só entra material de primeira qualidade, desde o peixe fresco que vem do litoral, passando pelo bacalhau e terminando nas carnes, sejam de porco, de vaca ou de vitela e os cabritinhos do monte, de que nos prepara pratos incríveis. Mesmo nas sobremesas a busca constante da perfeição não dá descanso a este grande profissional. Outra das suas paixões é o vinho, de que tem garrafeira abastada, onde se encontram preciosidades fantásticas, com algum destaque para uma colecção de aguardentes incrível, de que o sr. Carvalho tem profundo conhecimento. Na última visita veio para a mesa pão e broa de milho, salpicão e presunto fininho, enquanto aguardávamos por um dos ex-libris da casa: a sopa de garoupa!!

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Tostinhas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Sopa de Garoupa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

É um verdadeiro hino à qualidade, peixe fresquíssimo em nacos generosos, alho, muita cebola, pimento verde e vermelho, coentros.

Umas tostinhas no prato, uma concha bem cheia por cima, um pouco mais de caldo a fumegar, um aroma inebriante e depois a volúpia, para comer de olhos fechados.

A seguir provou-se um soberbo rabo de boi estufado com grelos, que é muito difícil de descrever, tal a perfeição da confecção, a textura, o paladar, incrível! Veio então outro dos pratos muito apreciados, que normalmente é servido á quarta-feira (ou por encomenda): as costelas de boi assadas.

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Rabo de Boi – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Costelas de Boi Assadas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O vão das costelas é temperado e assado inteiro e é trinchado à nossa frente, depois de lhe ser retirada a capa de gordura.

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O prato – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

No prato vêm fatias de carne com aquela gordura saborosa, batata frita às rodelas estaladiça, feijão preto e um arroz de forno pecaminoso, que também acompanhou o rabo de boi. Estamos quase no céu!

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Bolo de Cenoura – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Vem então a sobremesa, um conjunto de toucinho do céu e dum bolo de cenoura absolutamente fantástico, fofinho, polvilhado com açúcar e lâminas de amêndoa torrada, doce de abóbora e umas folhinhas de hortelã…estamos mesmo no céu!

Os vinhos estiveram também à altura: primeiro bebeu-se um branco da zona de Amarante, o Sem Igual, muito floral, com notas de citrinos e fruta branca, uma elegância na boca notável, belo vinho moderno. Para “combater” as carnes nada melhor que um espumante tinto, preparado a partir da casta Vinhão, o Afros Yakkos Grande Reserva 2006. Simplesmente fantástico, bolha muito fina, frutos vermelhos persistentes, notas de chocolate preto, taninos intensos mas ao mesmo tempo elegantes, com um final muito longo. Para acompanhar a sobremesa a opção foi uma aguardente velha – mesmo muito velha – clássica, a Adega Velha, neste caso com mais de quarenta anos, belíssima, ligeiramente refrescada, com aromas tostados, frutos secos, a fazer um belo contraste com o doce.

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Sem Igual, Afros Yakkos Grande Reserva 2006 & Aguardente Velha Adega Velha – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Aguardente Velha Serradayres – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Mas havia ainda uma surpresa, mesmo ao jeito do sr. Carvalho: uma outra aguardente muito velha, que eu já não via há mais de 10 anos, uma Serradayres também com mais de quarenta anos, duma suavidade incrível, muito elegante, que foi um final perfeito para uma grande refeição.

No Brasão, a tradição ainda é o que era…

Contactos
Cimo de Vila – Refontoura
4610 Felgueiras
Tel: (+351) 255 336 118
E-mail: info@restaurante-brasao.pt
Website: www.restaurante-brasao.pt

Quinta de Santiago

Texto José Silva

Quinta de Santiago, mesmo à entrada de Monção, em plena sub-região de Monção e Melgaço, a terra de eleição do vinho Alvarinho.

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Quinta de Santiago – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Uma propriedade muito antiga, pertencente à mesma família há várias gerações e onde se produzem uvas da casta Alvarinho. A filha dos actuais proprietários, advogada de profissão, é a responsável pela produção e distribuição dos vinhos desta quinta, uma paixão que nasceu inesperadamente mas que tem uma explicação bem interessante. Quando era tempo de férias a Joana e o seu irmão passavam esses três meses separadamente, ele em casa duns avós, a Joana em casa dos avós de Monção, ou seja, na Quinta de Santiago.

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Vinhas de Alvarinho – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Quinta de Santiago – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E começou então o seu apego à terra, aprendeu a reconhecer os aromas, a colher frutas e legumes e, em chegando o tempo, assistir às vindimas e ver pisar as uvas, ajudar no que fosse preciso e preparar tudo para que o vinho dali resultante ficasse bem acondicionado.

Criou laços muito fortes com a avó, que naquele tempo vendia o vinho para cafés e mercearias locais, guardando uma pequena quantidade para consumo da casa.

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Quinta de Santiago – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Mas quando apareceu a regulamentação, a avó passou a vender as uvas, mantendo alguma quantidade para fazer o vinho próprio. Apesar do pai da Joana acalentar o sonho de fazer vinho para entrar no mercado, foi a sua avó que, aos 86 anos de idade, desafiou o filho e a neta a elaborar um projecto em conjunto para produzir o seu vinho. Ambos lhe deram ouvidos e assim nasceu, em 2009, o projecto da Quinta de Santiago, sendo a sua primeira vinificação em 2011.

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Quinta de Santiago – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Adega Quinta de Santiago – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Hoje a viver com o marido em Ovar, Joana Santiago divide a sua vida entre a advocacia e a produção de vinho em Monção, onde inaugurou recentemente a nova adega, projectada e construída pelo marido em tempo recorde.

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Adega Quinta de Santiago – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Adega Quinta de Santiago – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 Moderna e muito funcional, bem equipada, é o novo “vício” da Joana, que ali passa os dias sempre que pode, acompanhando tudo o que se relaciona com a produção dos seus dois vinhos: o Alvarinho e o Reserva.

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Antiga Adega Quinta de Santiago – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Antiga Adega Quinta de Santiago – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Mas mantém a velha adega funcional, por baixo da casa de habitação, para provas de vinho e refeições de grupo. Feiras, festivais e concursos fazem hoje parte da sua vida, um pouco por todo o país e mesmo lá fora, onde o seu vinho tem vindo a merecer os maiores elogios, numa produção anual de cerca de 15.000 garrafas.

Os vinhos são um sucesso, muito apreciados, e hoje são também um negócio, em que a Joana é claramente a líder e a cara deste verdadeiro projecto de vida.

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Quinta de Santiago Alvarinho 2013 in quintadesantiagoalvarinho.blogspot.pt

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Quinta de Santiago Reserva Segredo da Avó 2013 in quintadesantiagoalvarinho.blogspot.pt

O Quinta de Santiago Alvarinho de 2013 é um típico Alvarinho, que se apresenta cheio de mineralidade, com muita fruta tropical, típica destes vinhos, citrinos, pêssego, maracujá, notas de flores do monte. Na boca mantém a intensidade da fruta branca, tem frescura e uma acidez óptima, belo volume e sempre a mineralidade tão característica, tudo a fazer deste vinho um Alvarinho muito elegante.

O Quinta de Santiago Reserva “Segredo da Avó” 2013 é um vinho sério, cheio de complexidade no nariz, ainda com alguma fruta branca exótica, notas suaves de fumo, levemente tostado, a denotar o estágio em barricas. Na boca tem estrutura, é cheio mas ao mesmo tempo muito elegante, persistente, fresco, com acidez bem presente, ainda com fruta madura e notas ligeiras de especiarias e sempre aquela deliciosa mineralidade, num vinho muito gastronómico.

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Joana Santiago – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

São os “meninos” de Joana Santiago, uma “Alvarinholover” assumida…

Contactos
Quinta de Santiago
Rua D. Fernando, 128, Cortes – Monção
4950-542 Mazedo
Tel: (+351) 917557883
E-mail: wine@quintadesantiago.pt
Website: quintadesantiagoalvarinho.blogspot.pt

Quinta do Cume, com Provesende a seus pés…

Texto José Silva

Jorge Tenreiro e Cláudia Cudell são os donos da Quinta do Cume, em Provesende.

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Jorge Tenreiro e Cláudia Cudell – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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A casa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ele é cirurgião vascular, ela pintava quadros belíssimos. Ele continua de bisturi na mão diariamente, mas descobriu a tesoura de poda e outros instrumentos com que trata “cirurgicamente” as suas vinhas; ela quase já não pinta, pois dedicou-se de alma e coração à comercialização dos vinhos que ambos adoram fazer, com a sabedoria do enólogo e amigo Jean-Hugues Gros, um francês que já é mais duriense que muitos durienses. Foi apenas em 1998 que Jorge Tenreiro comprou os terrenos onde, sempre com a mulher ao lado, haveria de construir uma casa magnífica e começar a plantar vinha, sobretudo de uvas brancas.

Até que, em 2006, começaram a produzir vinho branco e um pouco de rosé.

Em 2009 começaram também a fazer tinto, tendo comprado vinhas velhas na parte de baixo da aldeia e  fazem tintos que hoje são já bastante apreciados.

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Vinhas Velhas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Lá em cima, as vinhas de uvas brancas dominam a paisagem.

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As vinhas de uvas brancas dominam a paisagem – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E são sobretudo de Malvasia-Fina, com um pouco de Rabigato e Viosinho. Os mais de 600 metros de altitude dão-lhes a frescura e a elegância, os terrenos xistosos e pobres dão-lhes a mineralidade. Entretanto a produção foi evoluindo, e passaram a produzir um vinho branco Reserva todos os anos, um tinto Selection e um tinto Reserva, e o tinto Flor do Cume, este só para exportação. Naquele ano fabuloso que foi 2011, fizeram um tinto muito especial, o Grande Reserva, até hoje a única colheita, numa edição limitada a 1540 garrafas e 90 magnum. Actualmente a produção total da Quinta do Cume é de cerca de 40.000 garrafas.

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A Adega – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Entretanto construíram uma adega, pequena mas moderna, que chega para as encomendas. O que não chegava era a localização do engarrafamento, que provocava verdadeiros “engarrafamentos” na adega, e por isso estão a construir um armazém para produto acabado, engarrafamento e rotulagem. Seguidamente vai ser uma fantástica sala de provas, que vai nascer do meio duma vinha, com o bom gosto habitual deste casal. E que, uma vez mais me recebeu com simplicidade para um almoço que teve tanto de simples como de delicioso.

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Salmão – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Para abrir o apetite um salmão fumado com gotinhas de limão soberbo.

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Alheira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Ovos estrelados – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Depois umas alheiras ali da aldeia tostadinhas e estaladiças, na companhia de ovos estrelados, batata cozida e couve salteada, estas bem regadas de azeite, tudo acompanhado de pão da aldeia, cozido em forno de lenha.

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Batatas cozidas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Pêssego – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Para sobremesa, uma deliciosa salada de pêssegos da quinta, não foi preciso mais nada.

Começamos com o Reserva branco 2014 em comparação com o 2013, e que bem lhe faz um ano de garrafa: elegante, fragrâncias de fruta branca e flores do monte, na boca tem acidez acentuada, frescura, notas de citrinos e alguma baunilha, tudo muito suave e bem casado. O 2014 está pleno de juventude, frutado, intenso, vai ser um belo vinho.

Para “atacar” as alheiras provou-se o Selection tinto 2013 e o Reserva tinto 2012. O Selection é um vinho moderno, com um leque vasto de harmonizações, suave mas persistente, muita fruta madura, fresco e apetecível, a pedir comida.

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Quinta do Cume Reserva branco 2014 – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Quinta do Cume Selection tinto 2013 – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Quinta do Cume Reserva tinto 2012 – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Quinta do Cume Grande Reserva 2011 – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O tinto Reserva tem aromas mais intensos, frutos vermelhos, notas de madeira, fumo e especiarias. Mas ao mesmo tempo tem frescura e muito boa acidez, é aveludado e muito elegante.

Ainda demos um salto ao Grande Reserva 2011, um tinto sério, concentrado, austero, com aromas exóticos. Na boca tem óptimo volume, notas de fruta preta, ligeiro toque de chocolate preto, bela acidez e final muito longo. Para guardar uns bons anos. Quando chegou a salada de pêssego, voltamos ao branco 2013, que se tinha mantido em gelo, e o casamento foi perfeito.

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Provesende – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Lá em baixo, continuava a pacatez da aldeia de Provesende…

Contactos
Quinta do Cume
5060-261 Provezende
Portugal
Tel: (+351) 91 445 7550
E-mail: quintadocume@netcabo.pt
Website: www.quintadocume.pt

Quinta de Lemos, um Projecto de Vida…

Texto José Silva

Celso de Lemos é um beirão que ainda novo emigrou para a Bélgica, onde se formou em engenharia química. Foi construindo ao longo da vida um verdadeiro império no mundo das roupas de cama e de casa de banho de qualidade superior. De tal forma que hoje a sua marca está um pouco por todo o mundo, equipando hotéis de luxo e casas de gente bem conhecida do mundo do espectáculo e do desporto. Mas este português de sucesso nunca perdeu a sua simplicidade e bom humor, sendo uma pessoa muito acessível e de bom trato. E nunca perdeu também o amor pela sua terra natal, situada bem no centro da região vinícola do Dão.

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Quinta de Lemos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Foi pois com naturalidade que Celso de Lemos comprou uma quinta de 50 hectares na pequena localidade de Passos de Silgueiros, não longe de Viseu.

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Quinta de Lemos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Já com a ajuda dos três filhos, ali mandou plantar 25 hectares de vinha, um enorme olival e desenvolveu uma colmeia, para produzir três dos grandes produtos tradicionais da região: vinho, azeite e mel.

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Adega – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Equipamentos com a melhor tecnologia – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Construiu uma adega, onde, para além dos equipamentos com a melhor tecnologia, se podem apreciar obras de arte da sua vasta colecção, que é uma outra paixão. Por vezes organiza na adega exposições de arte, com artistas convidados de todo o mundo. Mas a grande obra de arte que sai daquela adega é o vinho do Dão. Com as mais nobres castas da região – touriga nacional, alfrocheiro, jaen e tinta roriz – foi desenvolvendo vinhos extraordinários, hoje premiados um pouco por todo o mundo e exportados para vários países.

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O restaurante – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Mas que também podem ser provados na adega e no restaurante de topo que mandou construir ali mesmo na propriedade, o “Mesa de Lemos”, onde o chefe Diogo Rocha, também ele da região, prepara ementas fantásticas, para já apenas à sexta e sábado ou por encomenda.

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Hotel – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O restaurante está inserido num pequeno hotel, apenas com três quartos, mas que não está aberto a público, servindo para receber clientes, importadores e amigos, que assim podem partilhar este sonho maravilhoso que é a Quinta de Lemos.

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Hotel – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Numa última prova passaram à nossa frente alguns dos vinhos da quinta, todos revelando enorme qualidade e uma óptima imagem, apelativa e muito cuidada. O Touriga Nacional de 2009 apresentou-se num granada carregado muito elegante, com aromas de frutos silvestres, um floral sedoso, levemente fumado, ligeiramente mentolado, com notas de resina muito suaves. Na boca tem enorme estrutura, uma bela acidez e alguma frescura, notas de frutos vermelhos maduros, e um ligeiro abaunilhado que lhe dá grande elegância e um final longo e persistente. Também de 2009 foi o Alfrocheiro, este de cor rubi intensa. Nariz cheio de elegância, notas de frutos vermelhos, algumas flores silvestres, muito suave. Na boca tem bom volume, notas delicadas de frutos vermelhos, macio e envolvente, bela conjugação entre acidez e frescura, dando um vinho sedoso e elegante.

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Quinta de Lemos Touriga Nacional 2009 in celsodelemos.com

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Quinta de Lemos Alfrocheiro 2009 in celsodelemos.com

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Quinta de Lemos Jaen 2007 in celsodelemos.com

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Quinta de Lemos Donna Louise 2005 in celsodelemos.com

A casta Jaen é uma das melhores do Dão e quando bem trabalhada, dá vinhos impressionantes, como é o caso deste da Quinta de Lemos de 2007. Duma cor granada intensa, fechada, tem um nariz intenso, com muitos frutos vermelhos, a cereja muito madura, notas de baunilha e algumas especiarias. Na boca é poderoso, com óptimo volume, uma acidez fantástica, frutos vermelhos e algum fumo, sedoso e elegante, com imenso final. Finalmente, e ainda de 2005, provamos o Dona Louise, um tinto feito com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Jaen. Dum granada intenso e elegante, apresenta um nariz cheio de frutos vermelhos maduros, esteva, urze e ligeiras notas de pinheiro. Na boca é muito sedoso, tem frescura e uma acidez muito equilibrada, com apontamentos ligeiros de frutos vermelhos, aveludado e ligeiramente austero, com final longo e delicado. Belo vinho a terminar uma prova em que o Dão revelou todo o seu potencial.

Contactos
Quinta de Lemos
Passos do Silgueiros
Silgueiros 3500-541, Portugal
Tel: (+351) 232 951 748
Fax: (+351) 232 951 495
E-mail: info@quintadelemos.com
Website: quintadelemos.com

Vinho Verde Wine Fest…não há outra festa assim!

Texto José Silva

Foi a segunda edição dum festival que veio literalmente para ficar. Relativamente ao primeiro, que se realizou em 2014, foram feitas algumas rectificações e o festival mudou para a ala nascente exterior da Alfandega do Porto, disponibilizando o dobro do espaço e um parque de estacionamento para os expositores. E com uma melhor dispersão das áreas de restauração, cujo número também aumentou, beneficiando duma praça central, com muitas mesas e cadeiras.

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Rio Douro – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Com o rio Douro sempre ali bem presente, a marcar uma paisagem única onde até o tempo ajudou, mesmo à noite, com temperaturas muito amenas, a prolongar o prazer da conversa com um copo de vinho verde na mão.

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30 Produtores – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Mais de 200 vinhos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Foram quatro dias muito intensos, em que os 30 produtores presentes deram a provar mais de 200 vinhos e onde, no balcão dos cocktails, se preparavam propostas muito interessantes, como por exemplo um cocktail com verde tinto de vinhão, que se revelou sensacional.

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4 dias intensos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Cocktail Bar – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O que por vezes fazia com que a fila fosse enorme!! Para completar tudo isto os cinco restaurantes e as quatro tasquinhas presentes, chegaram para todas as solicitações, desde o sushi às sandes de leitão, passando por petiscos tradicionais, comida de autor, pregos, hamburgueres e bifanas, presunto e até pão de ló. Entretanto e logo a seguir à abertura das portas, começavam as provas comentadas, divididas por duas salas, sempre esgotadas, tal o interesse dum público cada vez mais informado, até porque tem ali oportunidade de provar algumas novidades, apresentadas e comentadas pelos próprios enólogos, permitindo um diálogo directo com quem faz os vinhos e tem sempre muito a partilhar.

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Luís Lopes – – Foto Cedida por Vinho Verde | Todos os Direitos Reservados

Também houve provas comentadas por jornalistas do sector, e desta vez tivemos a presença de dois prestigiados jornalistas da Revista de Vinhos: Nuno Garcia e o próprio director desta revista, Luís Lopes. Do outro lado do recinto estava a sala dedicada em exclusivo aos showcookings. E foram 20 showcookings durante os quatro dias! Eu tive o privilégio de os acompanhar a todos, propondo para cada um dois vinhos que pudessem harmonizar com aquilo que os chefes iam propondo.

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Emília Jackson – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Também aqui houve uma novidade, a presença, logo no primeiro dia, de Emilia Jackson, a já célebre chefe que ficou em terceiro lugar no Masterchef australiano, uma simpática australiana a viver em Londres, que teve a ajudá-la uma não menos simpática Joana, também terceira classificada, mas no Masterchef português.

Claro que o público aderiu em massa, colocando alguns problemas à organização para explicar que não havia mais lugares.

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Ambiente de Festa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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RFM – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

A dar um excelente ambiente a isto tudo, música muito bem escolhida, que à noite subia de tom e punha os corpos a mexer, num verdadeiro ambiente de festa, pois era mesmo disso que se tratava, da festa do vinho verde.

A RFM, sempre presente, ia fazendo entrevistas e dando informações, muitas delas em directo, fazendo também com que muito mais gente rumasse ao festival.

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Pessoas de todas as idades – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Por ali passaram pessoas de muitas idades, mas foi muito interessante ver gente jovem a apreciar os muitos vinhos verdes, comer um petisco e acima de tudo divertir-se e dar um toque salutar de juventude ao evento.

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Uma equipa vasta e jovem – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Jovem era também a vasta equipa de produção do evento, da empresa Offe, incansáveis e a colocar no terreno toda uma experiência e sabedoria que faz toda a diferença. No sábado, o dia mais longo do festival, passava já das 3:30 da madrugada quando os últimos visitantes abandonaram o recinto…

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O parque de estacionamento foi “invadido” por 120 automóveis antigos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

No último dia, domingo, o parque de estacionamento foi “invadido” por 120 automóveis antigos, num ambiente de grande beleza, que também atraiu muita gente. As portas fecharam à 20:00, mas eram já quase 22:00 quando a festa acabou mesmo!!

Está de parabéns a Comissão dos Vinhos Verdes, o seu presidente e toda a sua equipa de profissionais, sempre presentes, acompanhando a par e passo o evento.

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Com a garantia amplamente divulgada de que para o ano há mais – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Com a garantia amplamente divulgada de que para o ano há mais.

O Vinho Verde Wine Fest 2015 foi mesmo isso, uma grande festa do vinho verde…