Posts By : José Silva

Vinhos portugueses apoiam obra social no Brasil

Texto José Silva

Cada vez mais os vinhos portugueses reforçam a sua presença no mercado brasileiro, não só pelo excelente trabalho que muitos produtores, de várias dimensões, têm feito, com o apoio fundamental da Viniportugal, mas também pelo trabalho por vezes apaixonado de muitos profissionais brasileiros, com destaque para os escanções.

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Adriane Wiest – Foto Cedida por Adriane Wiest | Todos os Direitos Reservados

Adriane Wiest é uma dessas profissionais, que se dedicou ao trabalho de vinhos, seja como escanção em restaurantes, seja a organizar eventos vínicos ou a dar formação. E que há muito se apaixonou pelos vinhos portugueses, de que tem um grande conhecimento, deslocando-se a Portugal sempre que pode, contactando produtores e participando em festivais e concursos, muitas vezes como júri. Adri fez a sua formação no Centro Europeu de Estudos em chef de cuisine e sommelier e criou a sua própria empresa, “Adri Wiest Wine Education Consulting”. Vive em Joinville, a maior cidade do estado de Santa Catarina, no sul do Brasil.

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Vinho Solidário – Degustação de Vinhos Portugueses com a sommelier Adriane Wiest – Foto Cedida por Adriane Wiest | Todos os Direitos Reservados

Recentemente organizou um evento solidário a que chamou: “Vinho Solidário – Degustação de Vinhos Portugueses”, a favor dos doentes renais da associação Pró-Rim.

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Vinho Solidário – Degustação de Vinhos Portugueses com a sommelier Adriane Wiest – Foto Cedida por Adriane Wiest | Todos os Direitos Reservados

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Rosé Vidigal – Foto Cedida por Adriane Wiest | Todos os Direitos Reservados

Numa sala com óptimas condições e com todos os apetrechos necessários, Adri conduziu cerca de 80 pessoas através dos aromas e sabores dos vinhos portugueses, num jantar muito agradável em que foi servida gastronomia típica de Santa Catarina e que fizeram óptimas harmonizações.

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Os vinhos – Foto Cedida por Adriane Wiest | Todos os Direitos Reservados

Os vinhos portugueses foram oferecidos pelos produtores e seus importadores no Brasil, com o apoio da Viniportugal, a cargo da Sónia Vieira e do Nuno Vale. Para ajudar no evento, Adri convidou o seu colega escanção Eduardo Silva, do restaurante Ostradamus, de Florianópolis, que também conhece bem os nossos vinhos. O lucro obtido com a venda das entradas para o evento foi integralmente oferecido para a compra de cestas básicas para os pacientes renais em situação de carência social, através da associação Pró-Rim.

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Vinho Solidário – Degustação de Vinhos Portugueses com a sommelier Adriane Wiest – Foto Cedida por Adriane Wiest | Todos os Direitos Reservados

Eram cerca de 70 os pacientes nesta situação. E para que os participantes no evento que estivessem interessados pudessem comprar os vinhos em prova, foi obtido o apoio da melhor garrafeira da cidade de Joinville, a Rubicon Wine & Emporium, que além de comprar os vinhos para serem vendidos no local do evento e na enoteca, também ofereceu o lucro de cada 2 garrafas vendidas, para a compra das cestas básicas para os pacientes renais. Mesmo nestas acçõs de solidariedade, Adri dá prioridade aos vinhos portugueses, que tão bem conhece.

Os vinhos apresentados foram os seguintes:

-Covela Avesso Edição Nacional; Casa de Mouraz Dão Branco; Quinta Nova Pomares Douro Branco; Ilógico, de António Saramago; Rosé, Vidigal Wines; Porta 6, Vidigal Wines; Quinta do Convento Syrah, Vidigal Wines; Moscatel Roxo de Setúbal, de José Maria da Fonseca;

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Adriane Wiest e os vinhos – Foto Cedida por Adriane Wiest | Todos os Direitos Reservados

Adri e o seu colega Eduardo conduziram a prova dos oito vinhos, explicando a sua origem, quem os produz, as suas características, como devem ser apreciados e a que temperaturas. E como ligavam bem com a rica cozinha Catarinense.

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O brinde – Foto Cedida por Adriane Wiest | Todos os Direitos Reservados

O evento teve enorme sucesso, os participantes brindaram efusivamente e compraram vinhos duma forma também solidária e pediram para a Adri organizar novo evento.

Parabéns à Adri Wiest e fazemos votos para que continue com este seu trabalho de qualidade e rigor.

Os vinhos portugueses agradecem e serão sempre solidários…

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O Gaveto, um restaurante e marisqueira de referência

Texto José Silva

Este “O Gaveto” começou por ser uma marisqueira, mais uma, em Matosinhos, quando Manuel Pinheiro a comprou, em 1984.

A partir daí continuou como marisqueira, mas passou a ser também um restaurante confortável, com boa comida tradicional portuguesa. Foi ganhando clientela, sempre com muito trabalho, fruto não só da simpatia e do profissionalismo que o proprietário sempre exigiu no serviço, mas também dos produtos de enorme qualidade utilizados nas variadíssimas confecções. E foi isso que foi transmitindo aos filhos que, apesar de terem feito os estudos que entenderam, desde cedo começaram a ajudar o pai no restaurante e na residencial que possui no Porto, hoje transformada num pequeno hotel de qualidade, agora gerido pela filha Cristina. No Gaveto, em Matosinhos, o filho mais velho, José Manuel, juntou-se ao pai mais cedo, até que, em 1995, foi a vez do outro filho, João Carlos, se lhes juntar.

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O Gaveto – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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O Gaveto – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Muito trabalho, dedicação, simplicidade e bom relacionamento quer com o pessoal, quer com a clientela, que foi sempre crescendo e em que uma parte significativa é hoje também amiga da casa e dos dois irmãos. O pai Manuel, já reformado, continua a passar por ali diariamente, dando uma ou outra opinião, mas sobretudo gozando o facto de poder ver o seu trabalho de muitos anos muito bem entregue aos seus filhos, com grande sucesso.

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Peixe fresco – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Marisco – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O marisco e o peixe fresco do dia são uma constante, com receituários extremamente simples, deixando brilhar a qualidade dos produtos.

Dois  viveiros enormes de marisco vivo, logo à entrada, são o garante da frescura do que vem do mar.

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Lagosta – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Marisco – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

A que se junta um enorme escaparate de algum marisco já cozido e dos vários tipos de peixe fresco, à vista de todos. O enorme aquário, normalmente ocupado pelas lagostas, vai albergar, a partir de Janeiro, as muitas lampreias, também elas vivas, que são uma das coroas da casa. Cozinhadas à bordalesa ou em arroz de lampreia, levam ali verdadeiras romarias de apreciadores que, até lá para o final de Abril, nunca saem defraudados. Nessa época, também o sável vai brilhar, cozinhado a preceito. E também o serviço de snack é bem sucedido, sejam os pequenos petiscos, a sopa de marisco saborosa, o churrasquinho no pão e, claro, a tradicional francesinha. Na companhia de cerveja a copo gelada muito bem tirada.

Mas ao longo dos últimos anos o serviço e a oferta de vinhos tem vindo a constituir uma verdadeira paixão, ao ponto de terem hoje uma carta de vinhos onde pontuam as grandes referências nacionais, e mesmo alguns vinhos estrangeiros de grande nível. Muitos produtores nacionais bem conhecidos passaram a ser clientes assíduos, alguns deles mesmo amigos pessoais dos dois irmãos, fazendo ali muitas provas e mesmo apresentações de novidades e algumas raridades. Que casam muito bem com muitos dos pratos que passaram a ser de escolha obrigatória para muitos deles.

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Selecção de vinhos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Arroz de Tamboril – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Para além das mariscadas que ligam bem com espumantes e vinhos brancos encorpados e frescos, a escolha vai-se refinando para o arroz de tamboril ou o soberbo arroz de lavagante, das melhores confecções que conheço. Ou mesmo um branco especial para acompanhar um linguado ou uma posta de garoupa grelhados na brasa.

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Arroz de lagosta – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Arroz de marisco – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O arroz de marisco tem ali grande tradição, assim como umas carnudas e saborosas amêijoas à Bulhão Pato.

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Ameijoas à Bulhão Pato – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Bacalhau à Narcisa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Não faltam também as bacalhoadas, com o bacalhau à Narcisa a brilhar, posta alta frita no ponto, com cebolada farta e batata frita às rodelas.

Ou mesmo uma tradicional carne de porco à alentejana. Ao sábado, as tripas à moda do Porto têm seguidores dedicados.

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Carne de porco à alentejana – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Sopa de marisco – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Na última visita começamos pela sopa de marisco, saborosa e com toque precioso de picante.

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Peixe galo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Redoma branco 2013 – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Depois foi um simples filete de pescada fresca com salada russa deliciosa, para terminar com o peixe galo, em postas bem fritinhas, acompanhado por uma açorda gulosa com as ovas do peixe!

O Redoma Branco 2013 esteve sempre à altura…

Contactos
Restaurante O Gaveto
Rua Roberto Ivens, 826
4450-249 Matosinhos – Portugal
Tel: (+351) 229 378 796
Fax: (+351) 229 383 812
E-mail:geral@ogaveto.com
Website: www.ogaveto.com

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Restaurante Camelo, um clássico do Minho com comida regional a sério

Texto José Silva

Já lá vão mais de 25 anos desde que a família Camelo abriu esta casa de bem comer em Santa Marta de Portuzelo, ali a meia dúzia de quilómetros de Viana do castelo, na estrada N202. Desde então e até hoje a aposta foi sempre, sem qualquer dúvida, na cozinha regional, com base em muitos e bons produtos.

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Restaurante Camelo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O restaurante Camelo foi crescendo, cedo começou a fazer serviços, e hoje tem vários espaços que podem ir até às 1000 pessoas. Nos meses de verão o movimento é estonteante!

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Restaurante Camelo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Restaurante Camelo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Mas nada disto tirou discernimento à família Camelo, com a velha sala muito confortável, alguma cantaria nas paredes, serviço personalizado, mesas muito bem postas para apreciarmos uma grande refeição. Sobretudo ao fim-de-semana é aconselhável fazer reserva de mesa, pois enche normalmente, durante todo o ano. O sr. Camelo, sempre dum lado para o outro, cumprimenta-nos com a pergunta marota: “Já cumprimentou algum camelo hoje?”

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O Bar – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

À entrada há uma pequena sala de espera, com sofás e o bar mesmo ao lado, se for necessário aguardar por mesa. Até porque para além de vários pratos emblemáticos da casa, há pratos em certas épocas que são muito procurados, vindo gente de muito longe para os apreciar. A época do sável e da lampreia é uma delas, que vai de Janeiro até Abril e as várias confecções de lampreia – à bordalesa, em arroz e assada no forno, entre outras – são extraordinárias, com lampreias ali do rio Lima de grande qualidade. O sável frito em postas fininhas, uma boa salada de alface e açorda com as suas ovas é incontornável. Ao segundo domingo de cada mês, é uma romaria para apreciar um portentoso cozido à portuguesa, que é difícil de descrever.

As entradas são muito variadas – bolinhos de bacalhau, pataniscas de bacalhau, chouriço, salpicão, orelheira, focinho e chouriça de cebola cozidos – e por vezes as curiosas “caralhas”, que são miúdos de novilho escalfados em vinho verde tinto de Perre, uma delícia.

As sopas são óptimas, desde a sopa de legumes da época, caldo verde, canja de galinha até às soberbas papas de sarrabulho, com muitos cominhos por cima!

A proximidade do mar traz algum marisco e peixe muito fresco – robalo, pescada, dourada, rodovalho, linguado – que é tratado com simplicidade na grelha, simplesmente cozido ou em algumas confecções, como a pescada à Camelo. O bacalhau está sempre presente com força, ou não estivéssemos no Minho. Para além das maneiras mais tradicionais, o bacalhau à Camelo é dos mais procurados, sempre de posta alta, demolhada no ponto e muito bem acompanhada. Mas são as carnes que se destacam na ementa deste restaurante tradicional, sejam de porco, de vaca ou de galináceos.

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Rojões à moda do Minho – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Arroz de sarrabulho – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Uns completos rojões à moda do Minho, que podem ser acompanhados pelo arroz de sarrabulho, a posta de carne barrosã saborosa e macia ou um imponente costeletão de novilho.

O cabritinho da Serra dArga assado no forno faz as delícias dos apreciadores e esse verdadeiro hino à cozinha portuguesa que é o galo com arroz de cabidela, que ali se chama “galo de pé descalço”, com o humor muito próprio dos minhotos. Aos galos criados na casa, juntam-se muitos bichos criados pelos lavradores das redondezas, da confiança pessoal da família Camelo.

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Arros de Cabidela – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Vinho verde tinto da casa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Carne rijinha, saborosa, envolvida pelo arroz carolino cozido no ponto, que acaba de “abrir” no tachinho de ferro que vem à mesa, e o toque precioso de vinagre de vinho a espevitar o conjunto. Grande confecção!

O vinho verde tinto da casa, em malguinha, foi a companhia certa. Acabou o banquete?! Nada disso, faltam as sobremesas, num desfilar que parece não ter fim. O leite creme, o pudim e o arroz doce confirmam a tradição, excelentes.

A despedida é sempre um até á próxima…

Contactos
Rua de Santa Marta 119
Estrada Nacional 202 – Santa Marta de Portuzelo
Viana do Castelo, 4900-252
Portugal
Tel: (+351) 258 839 090
Website: www.camelorestaurantes.com

Uma aliança entre o vinho e a arte, no coração da Bairrada

Texto José Silva

Já há uns anos pertencente ao grupo Bacalhôa, a Aliança tem sabido manter e mesmo refinar uma entidade muito própria e, apesar de produzir vinhos noutras regiões vinícolas, é com a Bairrada que se identifica profundamente e é ali que continua sediada.

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Aliança Vinhos de Portugal – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

Se são os seus espumantes que lhe dão prestígio e reconhecimento no mercado, os seus vinhos bairradinos têm vindo a crescer paulatinamente, afirmando-se hoje como vinhos de excelência numa região que se libertou de algumas amarras e viaja hoje à vontade, a toda a bolina, sempre rumo à qualidade. As suas aguardentes lá continuam em repouso nas profundezas das caves, sem pressas, mantendo a extraordinária qualidade a que nos habituaram.

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Aliança Underground Museum – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

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Aliança Underground Museum – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

Em recente visita, fizemos um agradável passeio pelas caves e o seu revolucionário museu a que chamaram “Aliança Underground Museum”, onde estão alojadas centenas de peças fantásticas da vastíssima colecção do proprietário da empresa, que vale bem a pena conhecer. Essa viagem cultural é partilhada por muitos dos vinhos que ali se produzem e estão guardados nas caves.

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Aliança Underground Museum – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

E onde, obviamente, os espumantes são reis incontestados, até pela quantidade de garrafas em estágio. São corredores escuros e baixos, cheios de bolores que atestam a humidade constante que, aliada às temperaturas baixas com pouquíssima amplitude térmica, proporcionam condições ideais para o desenvolvimento destes vinhos com gás natural.

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Aliança Underground Museum – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

As aguardentes ocupam a parte mais profunda das caves, com uma quantidade incrível de cascos de madeira muito velhos, que as acariciam naquele ambiente surreal.

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Francisco Antunes – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

E foram vinhos e espumantes da casa que provamos, numa interessantíssima prova dirigida pelo Francisco Antunes, ditector de enologia da casa, grande conhecedor da região, muitos anos a produzir vinhos tranquilos e espumantes, viciado na caça e duma boa disposição contagiante.

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Aliança Branco Reserva 2014 – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

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Aliança Tinto Reserva 2012 – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

Começamos pelo Aliança Branco Reserva 2014, feito com Maria-Gomes, Bical e Arinto. Um vinho de combate. Amarelo citrino, cristalino, muita fruta branca no nariz, algo floral, muito elegante. Na boca é seco, muito fresco, citrino com volume médio, um vinho moderno. A €2,15 a garrafa é um excelente opção. Passamos ao Aliança Tinto Reserva 2012, feito com Baga, Touriga Nacional e Tinta Roriz. Muita fruta, muita frescura e juventude. Na boca é intenso, persistente, mantém bastantes notas de fruta madura, taninos já domados mas bem presentes, um vinho a pedir comida.

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Aliança Tinto Baga 2009 – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

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Aliança Rosé Baga-Bairrada Bruto – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

O Aliança Tinto Baga 2009 revelou toda a excelência aromática da casta Baga. Intenso, muita fruta, notas de compota. Redondo, bom volume de boca, frutos vermelhos muito maduros, taninos poderosos, bem vincados, excelente acidez e final longo. Belo vinho que já se bebe muito bem, mas que vai envelhecer muito bem por muitos anos. Passamos então aos vinhos com bolhinhas, começando pelo Aliança Rosé Baga-Bairrada Bruto, uma novidade no mercado. Duma cor salmão muito suave, com bolha muito fina, apresentou-se muito elegante no nariz, ligeiramente floral, com notas de frutos vermelhos. Na boca é seco, com óptima acidez, bela estrutura e muita elegância, um espumante moderno.

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Aliança Baga-Bairrada Bruto 2013 – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

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Aliança Bruto Vintage 2010 – Foto Cedida por Aliança Vinhos de Portugal | Todos os Direitos Reservados

Seguiu-se o Aliança Baga-Bairrada Bruto 2013, citrino, cristalino com bolha fina muito elegante. No nariz tem notas de maçã verde, alguns frutos secos, tosta. Na boca impressiona pela frescura e acidez vibrante, seco, intenso, notas ligeiramente tostadas e final longo e saboroso. Um óptimo bairradino. Terminamos a prova com um clássico, o Aliança Bruto Vintage 2010. Amarelo ligeiramente torrado, bolha finíssima e cordão persistente. Nariz exótico, com notas de frutos secos, nozes, tosta, noz moscada. Na boca é poderoso, seco, muita complexidade, acidez intensa, volumoso, cheio, cremoso, com final imenso, um espumante de excelência.

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Petingas e carapauzinhos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Bolinhos de bacalhau e rissóis de leitão – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Passamos então à mesa, onde provamos alguns destes vinhos, para fazer companhia a um conjunto de petiscos – petingas e carapauzinhos, bolinhos de bacalhau e rissóis de leitão.

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Galo assado no forno com arroz de ervilhas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Queijo, marmelada e pão-de-ló – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Depois foi um galo assado no forno com arroz de ervilhas, para terminar queijo, marmelada e pão-de-ló. Os vinhos da Aliança continuavam a escorrer pelos copos.

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Vinhos da Aliança – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 

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Até à próxima – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

 

Já cá fora, foi a despedida, até à próxima…

Contactos
Aliança – Vinhos de Portugal SA
Rua do Comércio, 444
Apartado 6
3781-908 Sangalhos
Portugal
Tel: (+351) 234 732 000
Fax: (+351) 234 732 005
E-mail: alianca@alianca.pt
Website: www.alianca.pt

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O novo Chryseia 2013…

Texto José Silva

Desta vez a associação Prats & Symington, entre a família Symington e o enólogo francês Bruno Prats, escolheu o restaurante Belcanto, do chefe José Avillez, em Lisboa, para apresentar os seus novos vinhos: Prazo de Roriz Douro Doc 2012, Post Scriptum Douro Doc 2013 e a jóia da coroa, o Chryseia Douro Doc 2013.

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José Avillez – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

Pela família Symington estava Rupert Symington, acompanhado por Bruno Prats, que em tempos foi proprietário do Château Cos d’ Estournel, em Bordéus, antes de se apaixonar pelo Douro. Lembremo-nos que o Chryseia de 2011 foi considerado em 2014, pela revista norte americana Wine Spectator o terceito melhor vinho do mundo! O que fez com que esgotasse rápidamente, logo seguido da colheita de 2012, estando o mercado sem Chryseia desde então. Por isso também a curiosidade e ânsia de todos os presentes para provar a nova colheita, Chryseia 2013.

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Rupert Symington – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

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Bruno Prats – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

Recebidos com a qualidade e simpatia a que este espaço já nos habituou, começamos, como é tradição nos eventos da família Symington, por apreciar o champagne Paul Roger, neste caso o Brut Rosé Vintage 2006, que estava soberbo, à temperatura certa, ainda por cima num dia de calor. Conversa puxa conversa e foram passando pela sala diversos petiscos deliciosos, para fazer companhia ao champagne, ou vice-versa, servidos com o requinte que se espera num restaurante detentor de duas estrelas do guia Michelin: tremoço esférico com kaffir e piripiri, azeitona XL-LX e gaspacho de cereja. Estava lançado o mote.

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Prazo de Roriz 2012 – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

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“A horta da galinha dos ovos de ouro” – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Já sentados à mesa, foi servido o Prazo de Roriz Douro Doc 2012, com aquela típica cor ruby intensa. No nariz apresentou-se com muita fruta bem madura, notas de amora e ameixa e um ligeiro floral. Bem volumoso na boca, cheio, intenso mas elegante, fruta preta gulosa, acidez e frescura em perfeito equilíbrio e um bom final, num vinho que ainda pode evoluir na garrafa durante alguns anos. E que acompanhou muito bem o ferrero rocher, frango assado e a horta da galinha dos ovos de ouro, ovo, pão crocante e cogumelos…a arte da cozinha do chefe Avillez à nossa mesa.

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Post Scriptum 2013 – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

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Charcoal-roasted red mullet – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ainda recostados na cadeira a apreciar aqueles paladares fantásticos e já nos era servido o Post Scriptum Douro Doc 2013. Granada intenso, escuro, tem notas frescas de figos, ameixas, amoras, algumas especiarias. Na boca apresenta-se muito jovem, fresco, com óptima acidez, taninos intensos mas já muito bem casados com a fruta, a deixar um final longo e saboroso. Foi muito boa companhia para o salmonete braseado, com molho de fígados e xerém de amêijoas à Bulhão Pato, um prato delicioso, muito elegante e fresco.

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Chryseia 2013 – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

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Superb ox-tail – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Chegou então o esperado momento, já corria nos copos o Chryseia Douro Doc 2013. Granada escuro, intenso, opaco. Muito exótico no nariz, aromas de frutos pretos característico, mas também algumas framboesas, ligeiras notas de especiarias, apesar dos taninos intensos um vinho cheio de elegância, redondo, bem estruturado e com enorme final. Está ali para durar muito tempo…se lá chegar! Bateu-se taco a taco com um soberbo rabo de boi com grão, foie gras, tendões de vitela, creme de cebola e queijo da ilha. Difícil de descrever, tal a complexidade de paladares neste prato de grande nível, num casamento perfeito com o Chryseia. Mas ainda faltava a sobremesa e foi servido o Quinta de Roriz Porto Vintage 2000, um clássico duriense, ainda muito escuro no copo, com aromas intensos de fruta preta e já com notas ligeiras de frutos secos e algum chocolate.

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The dessert – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Na boca é muito volumosos, cheio de estrutura, muita fruta, notas de especiarias, fumo, plantas silvestres, um vinho que não vai parar de evoluir, com final muito longo, que acompanhou uma sobremesa desconcertante: chocolate, banana e amendoim, a fechar o almoço em beleza…

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Quinta de Roriz Porto Vintage 2000 – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

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Graham’s 30 Year Old Tawny Port – Foto Cedida por Prats & Symington | Todos os Direitos Reservados

Com o café e os petit fours, a tradição dos tawny da família Symington, com o Porto Graham’s Tawny 30 Anos, cheio de frutos secos, tostado, extraordináriamente elegante, um grande vinho do Porto.

Cheers!

Contactos
Quinta de Roriz
São João da Pesqueira
5130-113 ERVEDOSA DO DOURO
Portugal
Tel: +351-22-3776300
Fax: +351-22-3776301
E-mail: info@chryseia.com
Website: www.chryseia.com

Um fim-de-semana de vindimas no Douro…

Texto José Silva

As vindimas começaram em força no Douro, um pouco por todo o lado, com o tempo a ajudar. E foi em ambiente de vindimas que passamos um fim-de-semana com a Real Companhia Velha, confortavelmente hospedados no Palácio de Cidrô.

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Palácio de Cidrô – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

A usufruir toda aquela beleza arquitectónica, aqueles jardins belíssimos e o silêncio das noites frescas de céu limpo.

À chegada esperava-nos um jantar volante extremamente agradável, a fazer companhia aos primeiros vinhos desta casa com tanta tradição. Bacalhau desfiado, pataniscas, omeleta baixinha de legumes, arroz de legumes, bolo húmido da casa e fruta variada.

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Vinhos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E provaram-se, para além do espumante de Chardonnay e Pinot Noir que está muitíssimo bom, os brancos tradicionais de CidrôSauvignon-Blanc e Semillion – e os tintos Cabernet Sauvignon com Touriga Nacional e Pinot noir. Mas ainda havia a surpresa dum Quinta do Cidrô Cabernet-Sauvignon…de 1996, ainda cheio de vida. Fechou-se com vinho do Porto, pois claro, um Colheita de 1980, e que bem que escorregou.

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Douro – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

No dia seguinte, depois dum pequeno almoço delicioso, foi um pulo até à Quinta das Carvalhas, com toda aquela beleza do Douro por companhia.

Ali esperava-nos uma vinha de Sousão, onde já trabalhava a roga de vindimadores, a que nos juntamos na tarefa dura de arrancar cachos de uvas.

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Vinhas de Sousão – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Balde, luvas e tesoura – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

À entrada já nos tinham equipado com balde, luvas e tesoura.

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Pedro Silva Reis – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Acabadas as uvas, lá continuamos a subir, com uma paragem aqui e ali, onde o Pedro Silva Reis nos foi dando informações sobre a constante evolução da empresa.

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A beleza do Douro – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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A beleza do Douro – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

A beleza do Douro era cada vez mais arrebatadora.

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Casa Redonda – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Chegados lá acima à Casa Redonda, com aquele espectáculo fantástico do Douro a 360º, as máquinas fotográficas não conseguiam parar de disparar, era a “ditadura” da paisagem! Como diria Miguel Torga: “É um excesso de natureza!”

Esperavam-nos alguns petiscos e uma poderosa feijoada à transmontana, uma das refeições mais típicas das vindimas.

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Petiscos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Quinta das Carvalhas Tinta Francisca – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E, claro, os vinhos das Carvalhas, com nova roupagem, brancos cheios de frescura e excelente acidez e tintos encorpados, jovens, com fruta bem madura, entre os quais um surpreendente Tinta Francisca, muito elegante, cheio, requintado. Os vinhos estão mesmo muito bons, modernos e bem apresentados. Juntou-se a nós o Álvaro, que nos deliciou com muitas histórias e informações da sua grande paixão, a viticultura. Mas era tempo de nos dirigirmos à Quinta da Granja, em Alijó, onde funciona a enorme adega, por esta altura em pleno trabalho de vindimas.

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A seleccionar as uvas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Jorge Moreira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ali escolhemos uvas no tabuleiro de escolha, ouvindo explicações do Jorge Moreira, o enólogo principal, que até nos deu algumas amostras de cuba a provar.

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Pisa da uva – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Finalmente, para os mais corajosos, pisaram-se uvas, de tinto e vinho do Porto, nos lagares de granito. Era a festa de celebração das vindimas. Ainda se petiscou uma bola de carne e uns copos de vinho antes de regressarmos a Cidrô, cansados mas satisfeitos.

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Evel XXI & Quinta de Cidrô Sauvignon-Blanc – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Refrescados e aperaltados, juntamo-nos no salão do primeiro piso do palácio para partilhar uns petiscos e alguns vinhos, entre os quais o Evel XXI, que está muito bom, cheio de vida, a dar requinte à marca, e novamente o Sauvignon-Blanc de Cidrô, absolutamente delicioso. Ao comando, mais uma vez, o bom gosto e a simpatia do Pedro Silva Reis.

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Alheira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Lombo assado – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Sentados à mesa, apreciamos uma alheira tostadinha com ovo estrelado e grelos, seguindo-se um lombo assado no forno com batatinhas assadas.

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Quinta das Carvalhas 1997 Vintage Port – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Música do Álvaro, ao vivo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Terminamos em beleza com um Vintage de 1997 que nos acariciou o espírito.

Em fundo, a alegria da música do Álvaro, ao vivo, embalava-nos e fazia-nos sorrir…

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“Até à próxima” – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

De manhã, depois do pequeno almoço – aqueles ovos mexidos com tomate estavam incríveis!! – era a despedida e o regresso a casa.

Ou melhor era o “Até à próxima”!

Contactos
Real Companhia Velha
Rua Azevedo Magalhães 314
4430-022 Vila Nova de Gaia
Tel: (+351) 22 377 51 00
Fax: (+351) 22 377 51 90
E-mail: graca@realcompanhiavelha.pt
Website: realcompanhiavelha.pt

The Yeatman Hotel Sunset Wine Party

Texto José Silva

Foi no passado dia 27 de Agosto que teve lugar mais um Sunset Wine Party no The Yeatman Hotel, curiosamente quando esta unidade hoteleira acabara de receber mais um prémio nos World Travel Awards, como o melhor hotel Boutique de Portugal. Para juntar às dezenas de prémios que o The Yeatman Hotel vem coleccionando desde o primeiro ano de funcionamento.

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The Yeatman Hotel – Foto Cedida por The Yeatman Hotel | Todos os Direitos Reservados

Foi mais um fim de tarde e noite em que nada foi deixado ao acaso e em que o glamour e a qualidade dos produtos andaram de mãos dadas. Superiormente liderado pelo chefe Ricardo Costa na cozinha e pela directora de vinhos Beatriz Machado nas salas, este Sunset foi uma montra de bom gosto, requinte e qualidade, a que o The Yeatman Hotel já nos habituou.

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The Yeatman Hotel Sunset Party – Foto Cedida por The Yeatman Hotel | Todos os Direitos Reservados

Recebidos por pessoal competente e de extrema simpatia, os visitantes eram encaminhados para a recolha da pulseira de controle e para a entrega do copo, personalizado na ocasião, que os havia de acompanhar em todo o evento. Logo a seguir havia duas bancas com vários espumantes bem refrescados e um escaparate de ostras frescas e rodelinhas de limão, num começo auspicioso. Ao lado, numa sala ampla, ofereciam-se saladas muito variadas e bochechas muito bem cozinhadas, com uma banca de outros vinhos à disposição dos clientes.

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Quejos de várias regiões – Foto Cedida por The Yeatman Hotel | Todos os Direitos Reservados

Na direcção contrária uma outra sala exibia, de um lado uma imensa profusão de queijos de várias regiões, ao centro grande variedade de pão e do outro lado presunto a ser fatiado no momento e vários tipos de enchidos. Lá estava também uma banca com vinhos muito variados. Passados à sala maior, a surpresa de duas bancas enormes, de cada lado da sala, com alguns petiscos de origem indiana, de que o caril era o mais reconhecido e, ao centro, duas enormes mesas repletas de sushi e sashimi, sempre a rodar. De cada lado uma banca de vinhos, uma de brancos e rosés e outra de tintos.

Os vinhos eram servidos à temperatura recomendada, mais uma vez por pessoal muito simpático que explicava os vinhos que estavam a ser servidos, denotando cuidado e rigor. Dava gosto!! A Beatriz Machado andava numa roda viva, espalhando simpatia e bom gosto e procurando que toda a gente estivesse a ser servida como deve ser, e o chefe Ricardo Costa apareceu na sala várias vezes, para dar indicações de rigor ao pessoal que estava a servir, aproveitando para falar com muitos dos participantes, procurando saber se a comida variada estava a agradar. E estava mesmo a agradar.

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The Yeatman Hotel Sunset Party – Foto Cedida por The Yeatman Hotel | Todos os Direitos Reservados

A única comida que era preparada no exterior eram plumas e secretos de porco preto, grelhados e servidos no pão. Também ali não faltavam vários tipos de vinho. Os visitantes iam-se espalhando pelas muitas mesas que havia quer nas salas, quer no enorme terraço, conforme eram mais ou menos friorentos, embora estivesse uma noite calma e com uma temperatura muito agradável, depois de terem caído alguns pequenos chuviscos. Cá fora havia um balcão em que se serviam alguns Portos e cocktails.

Fazendo o percurso ao contrário, novamente perto da entrada, havia duas outras salas, uma a seguir á outra, onde se podia apreciar uma óptima picanha, com feijão preto, farofa e couve salteada. Na continuação, aparecia a sala das sobremesas, com uma banca enorme de fruta muito variada e uma outra de doçaria, para quem ainda aguentasse. Havia mesmo um carrinho com gelados, deliciosos – o de limão e o de morango eram divinais! Ali, a banca de vinhos era de…vinhos do Porto.

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The Yeatman Hotel Sunset Party – Foto Cedida por The Yeatman Hotel | Todos os Direitos Reservados

Comia-se e bebia-se à vontade, sem limite, mas a regra geral era a apreciação das muitas ofertas que preencheram o fim de tarde e a noite, na companhia de vinhos extraordinários que faziam óptimas harmonizações. Está uma vez mais de parabéns o The Yeatman Hotel e toda a sua equipa de profissionais.

Do outro lado do rio Douro, continuava a beleza da cidade do Porto…

Contactos
The Yeatman Hotel
Rua do Choupelo, (Santa Marinha)
Vila Nova de Gaia
Porto 4400-088
Portugal
Tel: (+351) 220 133 100
Fax: (+351) 220 133 199
Website: www.the-yeatman-hotel.com

Areia Restaurant Bar, uma refeição fantástica à beira mar

Texto José Silva

Nasceu em Caminha esta minhota de gema que um dia resolveu dedicar-se à culinária, uma paixão que se foi apoderando dela e que hoje é a sua vida. A pesca é, a par da agricultura, uma das principais fontes de rendimento da região e foi um pouco á volta de tudo isto que Margarida Rego foi pesquisando, estudando, provando e tentando conhecer os produtos de excelência. E foi criando pratos, fazendo adaptações e mesmo algumas provocações, mas não dispensa a tradição das coisas boas da sua terra, e gosta de conhecer os seus fornecedores, alguns dos quais são mesmo seus amigos.

Foi com tudo isso que avançou para a exploração dum espaço que pouco mais era que um apoio de praia, o Areia Restaurant Bar, na beleza da praia do Carreço, um pouco a norte de Viana do Castelo.

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O Restaurante – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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O Restaurante – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Margarida mantém o apoio de praia, servindo snacks, mas adaptou o espaço – o interior e a esplanada – ao serviço duma cozinha muito sua, que vai evoluindo ao sabor daquilo que se arranja, sobretudo o que vem do mar: aqueles ouriços, as percebes de bico vermelho, as navalheiras da pedra, a excelência do sargo e quando ele é mais saboroso, o polvo, o peixe galo, o robalo, o camarão na sua época e uma verdadeira paixão pelas algas, mesmo ali daquele mar, que usa duma forma magistral. Mas também a carne, seja de porco, seja de vaca barrosão ou cachena, dependendo da oferta.

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A esplanada – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Depois temos o espaço, moderno e arejado na sua simplicidade, mesmo em cima da areia, completamente invadido por aquela paisagem fantástica, com o mar todo poderoso ao fundo. O serviço é impecável, com profissionais à altura, que nos vão acompanhando com simpatia e eficiência ao longo da refeição, incluindo um competente serviço de vinhos.

Apesar dum pouco de vento, a escolha recaiu na esplanada, o que se veio a revelar acertado. Foram-se abrindo as garrafas que entretanto já refrescavam e que foram mantidas num frapé, enquanto se foram bebendo.

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Pão – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Percebes – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Vieram para a mesa vários tipos e pão e azeite com vários condimentos e, de rompante, apareceram as percebas (como se diz aqui no norte), absolutamente divinais!

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Navalheira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Logo seguidas dumas navalheiras da pedra já abertas, cheias de ovas, a saber a mar.

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Camarões descascados e salteados – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Também sabiam a mar os camarões descascados e salteados, sobre uma cama de algas deliciosas, cujas antenas foram bem fritinhas e, crocantes, comeram-se todas.

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O prato com o conteúdo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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O prato regado com o caldo de navalheira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Veio então a primeira provocação, uma sopa de navalheira, primeiro o prato com o conteúdo, logo de seguida regado com o caldo de navalheira, excelente.

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Polvo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O polvo estava tenríssimo, com batata a murro, couve salteada e uma espuma muito fofa de pimento vermelho, muito bom.

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Lombo de peixe galo – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Seguiu-se a segunda provocação da Margarida, um lombo de peixe galo excelente, sobre uma cama de feijão verde e vários tipos de algas – simbolizando a terra e o mar, que se podem ver dum lado e do outro – e ainda um puré de aipo e alho.

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Ouriço do mar – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Para limpar o palato e passar para a carne, a surpresa dum ouriço do mar, fresquíssimo, com pedacinhos de morango.

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Carne Barrosã – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Foi então a vez da carne, neste caso barrosã, cozinhada no ponto, muito saborosa, acompanhada por um delicioso risotto de cogumelos e uma salada verde onde se destacavam a rúcula e as beldroegas.

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Mousse de chocolate – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Fechou-se o repasto com uma soberba mousse de chocolate, polvilhada com pitadas de…flor de sal, e o efeito foi incrível.

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Os vinhos – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ao longo da refeição fomos passeando pelos brancos António Futuro, um verde moderno, jovem, apelativo, pelo Vale de Ambrães, ainda um verde, já adulto, bem estruturado, consistente, depois a elegância do Alvarinho da Quinta de Santiago, mineral, salino, muito fresco. O espumante Ortigão trouxe para a mesa uma Bairrada moderna, jovem e cheia de força, para passar para um alentejano como deve ser, complexo, muito elegante, bem casado com a madeira, o Esporão Reserva. Na recta final apareceu à cena um delicioso Quinta da Manoella, o Douro em toda a sua pujança, para terminar num Porto cheio de tradição, o Quinta Seara d´Ordens LBV de 2010, que ficou a pairar na boca por muito tempo.

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O mar – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O mar, esse continuava ali mesmo à nossa frente…

Contactos
Areia Restaurante Bar
Praia de Carreço
4900-278 Carreço
Viana do Castelo – Portugal
Tel: (+351) 258 821 892
E-mail: geral@areia-restaurantebar.com
Website: www.areia-restaurantebar.com

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Restaurante Narcissus Fernandesii

Texto José Silva

Um hotel de cinco estrelas em Vila Viçosa foi novidade há cerca de dois anos e tem-se revelado um sucesso. Pertencente a uma família com negócios no mármore, é com naturalidade que esta é a matéria prima nobre mais utilizada na sua decoração. Tudo ali tem um toque de mármore, de várias cores e várias origens, a dar a todo o espaço um glamour muito próprio. Quartos e suites requintados e plenos de conforto proporcionam estadia reconfortante e tranquila. A tranquilidade da beleza de Vila Viçosa chama para uma visita a pé, sem pressas, visitando o velho castelo e o Palácio dos Duques de Bragança, um museu fantástico que nos conta um pouco da história de Portugal. Depois, sempre que se regressa ao hotel, temos todo o conforto e os apoios para recuperar do passeio: piscinas exterior e interior e um spa extremamente bem equipado. Pessoal profissional, competente e simpático, acompanha-nos sempre que necessitemos. De manhã num fantástico pequeno almoço, à tarde ou ao começo da noite no bar e, claro, no restaurante, uma das atracções deste hotel, com o curioso nome de “Narcissus Fernandesii”. Espaço amplo, com duas salas distintas e uma esplanada com vista para a piscina.

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A sala principal – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Mesa de mármore – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Na sala principal, ampla e requintada, sobressai uma enorme mesa cujo pé descomunal é uma pedra de mármore única, com enorme tampo de vidro. Ali estão expostos os artigos do pequeno almoço e podem ser servidas refeições para grupos. Refeições mais ligeiras ao almoço e um menu à carta para refeições mais completas à noite.

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Pão Regional – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Preparações de manteig – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Há sempre pão regional excelente e azeite alentejano, mas também algumas preparações de manteiga muito saborosas.

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Lascas de Bacalhau – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Bolinhos de farinheira – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Para começar há alguns petiscos, sempre muito bem apresentados, como lascas de bacalhau numa açorda de poejos, bolinhos de farinheira, compota de cebola roxa e salada de rebentos ou empada de perdiz com frutos do bosque e salteado de cogumelos de época.

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Empada de perdiz – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Creme de Mogango – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Não faltam as sopas com tradição, como o creme de mogango com ovo escalfado e crocantes de pão alentejano, sopa de abóbora com creme trufado servida numa chávena e uma deliciosa sopinha de beldroegas.

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Sopa de abóbora – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Sopa de beldroegas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Ou um foie gras com emulsão de dióspiro, bombom de foie e tosta de bolota, incrível.

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Foie gras – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Carabineiro do Algarve – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O bacalhau está sempre presente, como o bacalhau  com crosta de azeitona galega sobre brás de batata e esparregado de algas e mesmo algum peixe e marisco frescos, como o carabineiro do Algarve com puré de couve-flor e coentros, endivia e emulsão de limão.

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Tornedó de novilho – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Veado fumado – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

E a riqueza do tornedó de novilho com foie gras, salteado de legumes, batata assada e creme de espinafres, ou veado fumado em madeira de carvalho e rosmaninho, com redução de vinho da Madeira, favinhas e rebentos de coentros, creme de marmelo, couve flor panada e crocante de presunto de vaca.

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Variações de laranja de Vila Viçosa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

As sobremesas são fantásticas mas as variações de laranja de Vila Viçosa estavam soberbas.

Vila Viçosa continuava à nossa espera, na sua pacatez…

Contactos
Largo Gago Coutinho Nº11
7160-214 Vila Viçosa
Portugal
Tel: (+351)268 887 010
Email: reservas@alentejomarmoris.com
Website: www.alentejomarmoris.com

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Brasão, um restaurante de sucesso em que se defende a tradição…

Texto José Silva

É perto de Felgueiras e há muitos anos que ali se pratica uma cozinha tradicional, mesmo depois da necessária modernização das instalações. Tudo isto liderado pelo sr. Carvalho, proprietário e chefe de cozinha, que tem uma indisfarçável paixão por aquilo que faz.

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Brasão – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O Brasão é um espaço muito agradável, com duas salas separadas mas com o mesmo cuidado nas mesas e no serviço, atento e profissional.

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Dois espaços separado – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O nosso anfitrião anda sempre dum lado para o outro, embora seja a cozinha o seu poiso principal, mas nunca descura os clientes e vem cumprimentá-los e saber o que lhes apetece comer. Mais tarde há-de voltar às mesas, para saber da satisfação dos clientes, sempre com um sorriso na boca e com a sabedoria de muitos anos à volta dos produtos e da cozinha. E é precisamente na qualidade dos produtos que começa tudo, pois ali só entra material de primeira qualidade, desde o peixe fresco que vem do litoral, passando pelo bacalhau e terminando nas carnes, sejam de porco, de vaca ou de vitela e os cabritinhos do monte, de que nos prepara pratos incríveis. Mesmo nas sobremesas a busca constante da perfeição não dá descanso a este grande profissional. Outra das suas paixões é o vinho, de que tem garrafeira abastada, onde se encontram preciosidades fantásticas, com algum destaque para uma colecção de aguardentes incrível, de que o sr. Carvalho tem profundo conhecimento. Na última visita veio para a mesa pão e broa de milho, salpicão e presunto fininho, enquanto aguardávamos por um dos ex-libris da casa: a sopa de garoupa!!

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Tostinhas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Sopa de Garoupa – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

É um verdadeiro hino à qualidade, peixe fresquíssimo em nacos generosos, alho, muita cebola, pimento verde e vermelho, coentros.

Umas tostinhas no prato, uma concha bem cheia por cima, um pouco mais de caldo a fumegar, um aroma inebriante e depois a volúpia, para comer de olhos fechados.

A seguir provou-se um soberbo rabo de boi estufado com grelos, que é muito difícil de descrever, tal a perfeição da confecção, a textura, o paladar, incrível! Veio então outro dos pratos muito apreciados, que normalmente é servido á quarta-feira (ou por encomenda): as costelas de boi assadas.

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Rabo de Boi – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Costelas de Boi Assadas – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

O vão das costelas é temperado e assado inteiro e é trinchado à nossa frente, depois de lhe ser retirada a capa de gordura.

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O prato – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

No prato vêm fatias de carne com aquela gordura saborosa, batata frita às rodelas estaladiça, feijão preto e um arroz de forno pecaminoso, que também acompanhou o rabo de boi. Estamos quase no céu!

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Bolo de Cenoura – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Vem então a sobremesa, um conjunto de toucinho do céu e dum bolo de cenoura absolutamente fantástico, fofinho, polvilhado com açúcar e lâminas de amêndoa torrada, doce de abóbora e umas folhinhas de hortelã…estamos mesmo no céu!

Os vinhos estiveram também à altura: primeiro bebeu-se um branco da zona de Amarante, o Sem Igual, muito floral, com notas de citrinos e fruta branca, uma elegância na boca notável, belo vinho moderno. Para “combater” as carnes nada melhor que um espumante tinto, preparado a partir da casta Vinhão, o Afros Yakkos Grande Reserva 2006. Simplesmente fantástico, bolha muito fina, frutos vermelhos persistentes, notas de chocolate preto, taninos intensos mas ao mesmo tempo elegantes, com um final muito longo. Para acompanhar a sobremesa a opção foi uma aguardente velha – mesmo muito velha – clássica, a Adega Velha, neste caso com mais de quarenta anos, belíssima, ligeiramente refrescada, com aromas tostados, frutos secos, a fazer um belo contraste com o doce.

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Sem Igual, Afros Yakkos Grande Reserva 2006 & Aguardente Velha Adega Velha – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

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Aguardente Velha Serradayres – Foto de José Silva | Todos os Direitos Reservados

Mas havia ainda uma surpresa, mesmo ao jeito do sr. Carvalho: uma outra aguardente muito velha, que eu já não via há mais de 10 anos, uma Serradayres também com mais de quarenta anos, duma suavidade incrível, muito elegante, que foi um final perfeito para uma grande refeição.

No Brasão, a tradição ainda é o que era…

Contactos
Cimo de Vila – Refontoura
4610 Felgueiras
Tel: (+351) 255 336 118
E-mail: info@restaurante-brasao.pt
Website: www.restaurante-brasao.pt